Longe dos holofotes, sem alarde e com presença bem discreta na mídia, o Grupo GPS se transformou nos últimos anos num fenômeno nacional. Fundada na Bahia há 60 anos e com inacreditáveis 120 mil colaboradores diretos e 3.112 clientes, a companhia tem sido protagonista quando o assunto é fusões e aquisições. Somente no ano passado, comprou seis concorrentes: Loghis, Global, Vivante, Allis, Única e Rudder. Este ano, já abocanhou outros três: Comau, Force e Ormec. Juntas, estas empresas somam R$2,092 bilhões de receita bruta.
O Grupo GPS encerrou o exercício de 2021 com números excepcionais. No ano passado, apesar de um período fortemente marcado pelos desafios decorrentes da pandemia de covid, em especial no primeiro trimestre, a empresa viu seu lucro saltar para R$397 milhões – 28% a mais em relação a 2020. A receita líquida, por sua vez, chegou a R$6,615 bilhões, numa alta de 34%, na mesma base de comparação.
“Nossa estratégia de crescimento combina a vertical orgânica, focada no desenvolvimento de novos clientes e na ampliação dos serviços e soluções junto à base atual de clientes, coma vertical inorgânica, através da aquisição e integração de empresas que favoreçam o ganho de escala e a maior penetração em regiões ou serviços convergentes com o nosso modelo de gestão empresarial”, disse a diretoria do grupo, em relatório da administração. “Seguimos com um ritmo crescente de conquistas de novos contratos e foco no estreitamento do relacionamento comercial com nossos clientes, buscando continuamente a geração de novas oportunidades de crescimento orgânico”.
O grupo foi fundado em 1962, em Salvador, com o nome de Predial Limpeza e Higienização. Hoje, é líder nacional no setor de serviços terceirizados – facilities, segurança, logística indoor, engenharia de utilidades, serviços industriais, alimentação e serviços de infraestrutura.
Abertura de capital
Há exatos um ano, o grupo levantou R$ 2,5 bilhões com a abertura de capital. A ação (GGPS3) encerrou o ano de 2021 cotada a R$15,87, registrando uma valorização de 32% desde o IPO, em comparação com a desvalorização de 14% do índice IBOVno mesmo período. O volume médio diário negociado nesse período foi de R$24,2 milhões. A média de negócios, por dia, ficou em 1.829.
Atualmente, o maior acionista individual do Grupo GPS é o administrador de empresas José Caetano Paula de Lacerda, 58 anos. Baiano de Salvador, em agosto do ano passado, José Caetano passou a fazer parte de seleta lista de bilionários da Forbes – conceituada revista norte-americana sobre economia e negócios.
De acordo com a publicação, José Caetano ocupa hoje a 235ª posição no ranking dos bilionários brasileiros, com um patrimônio da ordem de R$1,65 bilhão. Pelos últimos resultados do Grupo GPS, tem tudo para ficar ainda mais rico nos próximos anos.