Trafegar pelas rodovias federais e estaduais da Bahia ficou mais arriscado. De acordo com a 21ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada hoje, o percentual de estradas considerada ótima ou boa no estado caiu de 36,6%, em 2016, para 35,2% este ano. Os trechos considerados regular, ruim ou péssimo somam agora 64,8% dos 8.584 quilômetros de estradas da malha baiana.
O levantamento revela que as estradas administradas pela iniciativa privada estão em melhores condições de trafegabilidade. A extensão concedida no estado soma hoje pouco mais mil quilômetros. Deste total, 78,6% foram classificados como “ótima ou boa”. Nas rodovias mantidas pelo poder público o percentual de “ótimo ou bom” é de apenas 31%.
De acordo com o estudo, a malha federal na Bahia alcança hoje 6.227 Km. Deste total, 41% estão em bom ou ótimo estado de conservação. Nas rodovias estaduais – com um total de 2.357 km – o percentual de bom ou ótimo é de apenas 25,1%.
“A queda na qualidade das rodovias brasileiras tem relação direta com um histórico de baixos investimentos em infraestrutura rodoviária e com a crise econômica dos últimos anos ”, afirma o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT) Clésio Andrade. Em todo o país, este ano, 61,8% da extensão das rodovias pesquisadas tiveram o estado geral considerado regular, ruim ou péssimo. No ano passado, foram 58,2%.
O levantamento foi realizado em 30 dias, por 24 equipes de pesquisadores, com cinco equipes de checagem. Ao todo, foram pecorridos 105,8 mil quilômetros.