A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) deu início, no dia 11 de novembro, ao ciclo de sete encontros regionais do Abapa Conecta, projeto criado para fortalecer a parceria com os produtores e ampliar o diálogo no campo. O primeiro encontro, realizado em Luís Eduardo Magalhães, reuniu cerca de 30 produtores, técnicos e gestores de fazendas dos Núcleos de LEM, Estrada do Café, Anel da Soja, Placas, Rio das Pedras e Alto Horizonte. Até o fim do ano, as reuniões seguirão percorrendo os núcleos regionais, levando as equipes técnicas das áreas de qualidade da fibra, sustentabilidade, defesa fitossanitária, capacitação e educação da entidade para apresentar projetos, ouvir demandas e compartilhar resultados com os associados.
“Queremos ouvir, compreender e construir junto com o produtor associado os próximos passos do algodão na Bahia. Cada conversa é uma oportunidade de alinhar nossa atuação às reais necessidades do campo. Por isso, iremos em todos os núcleos do estado com o Abapa Conecta.”, destacou a presidente da Abapa, Alessandra Zanotto Costa. A proposta é que os encontros resultem em um mapeamento das percepções e demandas locais, servindo de base para o aprimoramento contínuo da atuação da associação.
Os participantes aprovaram o novo formato dos encontros. “Gostei muito desse modelo. Estávamos há um tempo sem nos reunir, e foi muito bom ver todos apresentando suas áreas. A chegada de novos produtores também trouxe renovação. Estou muito contente com essa retomada”, comentou o produtor Raul Jacobsen. O produtor Roberto Costa complementou: “Foi uma ótima oportunidade para troca de ideias entre todos nós que fazemos parte da cadeia do algodão. A Abapa cumpriu o principal objetivo, que era ouvir os produtores. Agora, precisamos incentivar quem não veio a participar também.”
Entre os temas abordados, o Programa Fitossanitário da Abapa ocupou posição central nas discussões. Como base de diversas iniciativas da entidade — desde treinamentos até sustentabilidade e qualidade da fibra —, o programa é essencial para o bom desempenho da cotonicultura baiana. Responsável por coordenar as ações de manejo integrado de pragas, reforçou-se que o bicudo-do-algodoeiro continua sendo o principal desafio fitossanitário da região e que a adoção de boas práticas de manejo é fundamental para o controle eficiente da praga. A iniciativa abrange todos os Núcleos Regionais de Controle, monitorados por equipes técnicas que realizam vistorias, campanhas, reuniões de diagnóstico e apoio à pesquisa.
O gerente do programa, Giorge Gomes, ressaltou a relevância da participação ativa dos associados. “Tem produtor que não gosta da visita, mas, se o objetivo é melhorar e entender onde podemos evoluir, é importante enxergar e colaborar. Esse é o nosso desafio: identificar oportunidades e agir. Estamos trabalhando no aprimoramento da nossa atuação e ainda há espaço para que aprimore mais e alinhados com os produtores associados. E é disso que se trata o Abapa Conecta”, explicou.
Também foram apresentadas as principais ações e resultados da última safra nas áreas de sustentabilidade, qualidade e capacitação da Abapa. O programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que certificou 85% da produção baiana nesta safra, foi um dos destaques, junto às iniciativas de formação profissional do Centro de Treinamento (CT) e ao Programa Educacional Conhecendo o Agro, já presente em mais de 120 escolas de 14 municípios. Na área de qualidade, houve avanços nos indicadores da fibra, como resistência, comprimento UHML, uniformidade, índice de fibras curtas e grau de reflexão.
Próximos encontros
Após o início em Luís Eduardo Magalhães, a jornada do Abapa Conecta seguirá uma agenda de encontros em todos os núcleos produtores da Bahia. As próximas reuniões estão marcadas para Roda Velha (13 de novembro), Guanambi (17 de novembro) e Rosário (25 de novembro). Em dezembro, o programa chega às regiões de Estrondo/Coaceral (3/12), Jaborandi/Cocos (4/12) e Campo Grande/Wanderley (5/12), encerrando o ciclo com uma visão abrangente das diferentes realidades da cotonicultura baiana.
“A força do algodão baiano vem da união. Estar mais perto dos produtores é essencial para garantir um futuro ainda mais sustentável e competitivo para o setor”, finalizou Alessandra Zanotto Costa.
Mais do que uma rodada de conversa e troca, o programa é um movimento de construção coletiva. A cada parada, a Abapa reforça seu compromisso com uma comunicação transparente, colaborativa e voltada para resultados que beneficiem não apenas os produtores, mas toda a cadeia do algodão e as comunidades do Oeste da Bahia.
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