A Bahia está prestes a dar mais um passo rumo à inovação agrícola. Até o final do ano, o estado receberá mil mudas de tamareira, direto dos Emirados Árabes. E não é qualquer planta! Serão 12 variedades de tâmaras cuidadosamente selecionadas para se adaptarem ao Cerrado e à Caatinga.
Estudos apontam que esses biomas têm muito em comum com o clima e o solo do Oriente Médio – uma oportunidade perfeita para esse tipo de cultivo. As primeiras mudas seguirão para Juazeiro, no Norte da Bahia, e Barreiras, no Oeste, mas antes disso, passarão por uma quarentena em Brasília, garantindo que cheguem saudáveis para o solo baiano.
Em apenas seis anos, a Bahia pode se transformar no maior exportador de tâmaras do Brasil, à medida que o plantio atinge sua maturidade. A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia vai acompanhas de perto cada etapa do processo fitossanitário.
Na semana passada, o diretor-geral da Adab, Paulo Sérgio Luz, participou em Brasília de encontros na Embaixada dos Emirados Árabes e no Cenargen, o Centro Nacional de Pesquisa de Recursos Genéticos e Biotecnologia, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), local onde as plantas aguardam o tempo de observação sanitária, após a chegada do país árabe.
E por que tudo isso importa? Porque a tâmara, além de ser uma fruta saborosa e altamente nutritiva, tem uma importância comercial crescente.
Com alta demanda no mercado global, ela pode se tornar uma das estrelas do agronegócio baiano, abrindo portas para novos investimentos e consolidando o estado como um polo de exportação agrícola diversificada.
Leia também: Restaurante Casa de Tereza completa 12 anos