O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta terça-feira (18/11) que a fraude envolvendo o Banco Master é estimada em R$ 12 bilhões. O esquema criminoso, segundo a PF, girava em torno da venda de títulos de crédito falsos, especialmente Certificados de Depósito Bancário (CDBs) com promessa de rendimentos muito acima do mercado.
O diretor da instituição, Daniel Vorcaro, foi preso nesta manhã no Aeroporto Internacional de Guarulhos, enquanto embarcava em um avião particular com destino a Malta. Ele foi conduzido à Superintendência da PF em São Paulo. O sócio dele, Augusto Lima, também foi detido.
Durante depoimento à CPI do Crime Organizado no Senado, Andrei Rodrigues detalhou a operação:
“Estamos atuando em integração com o Banco Central e com o Coaf para combater um crime contra o sistema financeiro. A fraude é de R$ 12 bilhões.”
A investigação aponta que o Banco Master oferecia CDBs com retorno até 40% acima da taxa básica do mercado, mas o rendimento não existia. Os títulos eram utilizados para atrair investidores com base em promessas fraudulentas.
Na casa de um dos investigados, a PF apreendeu R$ 1,6 milhão em dinheiro vivo. O nome do proprietário não foi revelado.
A prisão de Vorcaro ocorre horas após o anúncio da venda do Banco Master ao grupo Fictor, em operação que ainda dependia de aprovação regulatória.
O BRB (Banco de Brasília) já havia tentado adquirir o Master em março, mas a operação foi barrada pela diretoria colegiada do Banco Central. Após os desdobramentos desta terça, o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, foi afastado por 60 dias e é alvo de mandado de busca e apreensão.
As investigações seguem sob sigilo.
Leia mais:






















