[dropcap]A[/dropcap] Bahia vai ganhar este ano o seu primeiro condomínio solar. O empreendimento da Cosol será construído no município de Bom Jesus da Lapa, no oeste do estado, e vai demandar investimentos da ordem de R$ 30 milhões. Serão disponibilizados cerca de mil lotes – de tamanhos e potencial de geração diferentes (5, 10 e 33,3 kWp) – que podem ser alugados ou comprados por pequenas e médias empresas, como padarias, restaurantes, academias de ginástica e lojas de shopping, de qualquer região do estado, conectadas à rede da Coelba.
O projeto, com capacidade de 5 MW, vai utilizar o sistema de compensação de energia, previsto na resolução 482 da Aneel. É simples: a energia produzida no condomínio será injetada na rede de distribuição, gerando créditos que serão descontados na conta de energia dos participantes, barateando em cerca de 80% o valor da conta de luz.
“Até agosto vamos trabalhar na captação de clientes. A construção do condomínio ocorrerá entre os meses de setembro e novembro. Em dezembro iniciaremos a produção e concessão de créditos”, diz o húngaro Csaba Sulyok, doutorando em energia e ambiente pela Ufba e um dos idealizadores do projeto ao lado do professor Ednildo Andrade Torres, ex-diretor-presidente do Instituto de Energia e Ambiente da Bahia.
O projeto, com capacidade de 5 MW, vai utilizar o sistema de compensação de energia, previsto na resolução 482 da Aneel
“Além de vantagens em relação às concessionárias de energia elétrica, a usina solar também é mais vantajosa do que a instalação de tetos solares, cerca de 30% mais cara e o custo de energia fica o dobro”, diz Sulyok.
Investimentos – Csaba Sulyok explica que o projeto será financiado pelas empresas que se tornarão proprietárias de um ou mais lotes. A produção terá medição individualizada. Como em um condomínio de casas, também é possível vender, comprar ou alugar cada lote, cujos preços variam de R$ 29.990 a R$ 199.990.
O retorno do investimento ocorre de quatro a cinco anos. Quem preferir alugar os lotes terão, garante Sulyok, uma economia imediata de cerca de 10% comparado as tarifas da Coelba. “Os créditos gerados por cada lote podem ser utilizados por mais de um imóvel desde que o proprietário seja o mesmo”, conta Sulyok.