Desde 1999, os Expurgos da TR no Fundo de Garantia (FGTS) geraram uma perda de R$703 bilhões. Somente no dia 10 de julho, com a inflação pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) medido pelo IBGE de junho de 2022 de 0,6200% comparado a TR (Taxa Referencial) calculada pelo Banco Central de junho de 0,1484%, com uma diferença de 0,4728%, o governo deixará de creditar nas contas de todos os trabalhadores, mais R$ 8.3 bilhões, considerando juro compostos nestes 23 anos. Para frear esta realidade, o Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador lançou a campanha “Trabalhador entre com uma Ação na Justiça para recuperar as perdas dos Expurgos da TR no Fundo de Garantia”.
Mario Avelino, presidente do Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador, acredita que os trabalhadores terão mais chances de recuperar essas perdas se entrarem com uma ação judicial antes do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade ADI 5090/2014 que pede a troca da TR (Taxa Referencial) que atualiza monetariamente o saldo das contas pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) que repõe as perdas geradas pela inflação.
“Com o aumento da inflação, o trabalhador continuará perdendo cada vez mais, pois o governo continua aplicando a TR (Taxa Referencial) em geral de zero para atualizar monetariamente as contas do Fundo de Garantia. O STF está atendendo a pressão do poder econômico e político, para não julgar esta Ação, e ao mesmo tempo permitir que o governo continue confiscando bilhões mensalmente dos trabalhadores. Ano passado, faltando uma semana para o julgamento da ADI 5090, o Supremo tirou de pauta e a nossa ideia é lutar para que a votação aconteça nos próximo meses”, diz Avelino.
Para que o trabalhador saiba o quanto tem a recuperar, o Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador disponibiliza gratuitamente uma calculadora. Os cálculos são desde 1999 e dão o valor exato das perdas, mesmo que já tenha sido sacado o dinheiro do fundo de garantia. A calculadora é acessada pelo site.