Um estudo publicado em setembro pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) gera subsídios técnicos para as políticas de planejamento urbano e prevenção de desastres no município de Santo Amaro da Purificação, na Bahia. Na Carta de Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais e de Massa, disponível aqui, o SGB disponibiliza informações que indicam a possibilidade de deslizamentos, corridas de massa, inundações e enxurradas na cidade, até mesmo nas áreas desabitadas.
De acordo com o documento, 64% do município (316 km²) têm baixa suscetibilidade para movimentos gravitacionais de massa, como deslizamentos e processos erosivos. A área urbanizada do município possui 19 km² e tem 82% da área edificada com baixa suscetibilidade a movimentos gravitacionais.
Há também 134 km² – ou 27% do território – com média suscetibilidade para deslizamentos, queda de blocos e processos erosivos. Essa situação foi observada em 3 km² de área urbanizada – 15% da região com edificações. Outros 39 km² – 8% da área total do município – têm alta suscetibilidade para deslizamentos, queda e rolamento de blocos. Dessa área, menos de 1 km² é urbanizado.
Processos hidrológicos
Com relação à possibilidade de inundações e enxurradas, a Carta de Santa Amaro indica que 66 km² – 13% do território total – têm alta suscetibilidade para inundação, solapamento de margem e assoreamento. Dessa área, 1,98 km² tem edificações e corresponde a 8% da região urbanizada. Outros 19 km² (3% do município) têm média suscetibilidade e 2 km² (0,49% do território) têm baixa suscetibilidade para processos hidrológicos.
O SGB reforça que “suscetibilidade baixa não significa que os processos não poderão ser gerados em seu domínio, pois atividades humanas podem modificar sua dinâmica”.