O azeite de oliva, aquele velho conhecido da cozinha brasileira, agora ostenta o status de artigo de luxo. Sim, é isso mesmo. O preço subiu tanto que algumas marcas estão sendo vendidas com lacres antifurto – o mesmo tratamento reservado a uísques premium, cosméticos importados e eletrônicos caros. É quase como se o azeite tivesse deixado de ser um simples tempero e virado um item digno de colecionadores.
Mas, caro consumidor, pagar uma pequena fortuna por uma garrafinha não garante que você estará levando para casa um produto de qualidade. Sim, até o azeite está te enganando!
O Ministério da Agricultura e Pecuária emitiu , nesta terça-feira, mais um alerta sobre fraudes no mercado. Doze marcas foram desclassificadas. E quem são os vilões da vez? Anotem bem: Grego Santorini, La Ventosa, Alonso, Quintas D’Oliveira, Olivas Del Tango, Vila Real, Quinta de Aveiro, Vincenzo, Don Alejandro, Almazara, Escarpas das Oliveiras e Garcia Torres.
Essas marcas, ao invés de entregarem o ouro líquido que prometem, estão misturando outros óleos vegetais – não identificados, claro – no meio do azeite.
Resultado? Qualidade comprometida e um risco à saúde de quem consome, já que ninguém sabe ao certo a origem desses óleos misteriosos.
Então, além de pagar caro, o consumidor corre o risco de estar comprando gato por lebre, ou melhor, óleo de cozinha no lugar de azeite.
É a gourmetização da fraude, a um preço que ninguém deveria pagar.
Veja abaixo a lista com marcas e lotes
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