Enquanto a Petrobras decide se vai ou não fazer uma oferta para recomprar a Refinaria de Mataripe, na Bahia, o Mubadala Capital já começou a sondar outros interessados caso a proposta da estatal não avance ou venha com um preço abaixo do esperado. Leonardo Yamamoto, diretor-executivo do Mubadala no Brasil, deixou claro em entrevista ao Pipeline: “Não precisamos vender o ativo e só vamos considerar se a oferta for boa”.
A refinaria, que pertencia à Petrobras, foi vendida ao Mubadala em 2021 por US$1,8 bilhão. Desde então, a Petrobras assinou um memorando de entendimentos para negociar a recompra e já concluiu a due diligence. Agora, está em fase de avaliação interna para definir a proposta.
No início das negociações, discutiu-se a possibilidade de a Acelen manter uma fatia de 20% na refinaria, mas esse ponto ainda não foi fechado. “Vejo valor em ter a Petrobras como sócio”, disse Yamamoto ao Pipeline.
Durante a entrevista, Leonardo Yamamoto afirmou ainda que já foram US$ 500 milhões em investimentos no ativo, sendo US$120 milhões neste ano. O orçamento para 2025 ainda não está definido, mas deve ser maior que o volume deste ano. Apesar da perda de margem no segmento, Yamamoto ainda vê o investimento em refinarias no Brasil interessante no longo prazo em função da baixa capacidade de refino do país, que pode despertar o interesse de players internacionais.
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