O dólar encerrou segunda-feira (9/12) em alta, alcançando o valor recorde de R$ 6,0820. Esse novo patamar supera o fechamento anterior, registrado na última sexta-feira (6), quando a moeda norte-americana chegou a R$ 6,07.
No mercado financeiro, o foco está nos dados de inflação no Brasil e nas expectativas em torno da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para a próxima quarta-feira (11). A decisão do Banco Central será determinante para o rumo dos juros e, consequentemente, para o câmbio.
Mas o que significa o dólar a R$ 6,08 para você? Como isso reflete no seu bolso?
A valorização do dólar tem efeitos diretos e indiretos na economia brasileira, afetando tanto empresas quanto consumidores. Aqui está quem ganha e quem perde:
Quem perde
Consumidores
- Produtos importados ficam mais caros, especialmente eletrônicos, veículos e combustíveis.
- O preço de itens como trigo e derivados, que dependem de importação, sobe, pressionando a inflação e encarecendo itens básicos como pão e massas.
- Viagens internacionais tornam-se significativamente mais caras.
Empresas que Dependem de Insumos Importados
- Indústrias que utilizam matérias-primas importadas enfrentam aumento nos custos, reduzindo margens de lucro ou repassando aumentos para os consumidores.
Setores com Dívidas em dólar
- Empresas com empréstimos ou financiamentos atrelados à moeda norte-americana veem suas dívidas dispararem, comprometendo o fluxo de caixa.
Quem ganha
Exportadores
- Empresas que vendem produtos ao exterior, como do agronegócio, mineração e petróleo, ganham competitividade. O aumento da receita em dólar impulsiona os lucros.
Turismo receptivo
- O Brasil se torna um destino mais atrativo para turistas estrangeiros, que aproveitam o câmbio favorável.
Investidores em Ativos Atrelados ao dólar
- Quem investe em commodities ou ativos dolarizados tende a lucrar com a valorização da moeda.
Em resumo, a alta do dólar agrava a inflação e encarece produtos para o consumidor, enquanto beneficia exportadores e setores ligados ao mercado externo. No entanto, o impacto geral depende de como o Banco Central gerencia essa volatilidade e a inflação associada.
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