O custo da cesta básica em Salvador registrou um aumento de 0,07% em março, em relação a fevereiro e passou a custar R$ 349,66. Este é o segundo menor valor dentre as 27 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza a pesquisa. Na variação em 12 meses (de abril de 2016 a março de 2017), os gêneros alimentícios subiram 0,27% na capital baiana.
Em março, as altas foram registradas no preço médio do café (6,23%), arroz (4,64%), leite (4,58%), pão francês (1,90%), manteiga (1,85%), banana (1,22%) e feijão (0,22%). Por sua vez, as reduções aconteceram no preço do óleo (-2,86%), tomate (-2,77%), carne (-2,54%) e açúcar (-0,33%).
Em março de 2017, o trabalhador soteropolitano remunerado pelo salário mínimo, comprometeu 82 horas e 6 minutos de sua jornada mensal para adquirir os gêneros essenciais. Em fevereiro, houve um comprometimento menor. Naquele mês, foram necessárias 82 horas e 2 minutos. Quando se compara o custo da cesta em relação ao salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, o comprometimento foi de 40,56% em março, percentual superior aos 40,53% de fevereiro.
CUSTO (R$) E VARIAÇÃO (%) DA CESTA BÁSICA EM 27 CAPITAIS
Capital | Valor da cesta | Variação mensal (%) | Porcentagem do Salário Mínimo Líquido | Tempo de trabalho | Variação no ano
(%) |
Variação anual (%) |
Porto Alegre | 437,22 | 0,39 | 50,72 | 102h40m | -4,75 | 3,88 |
São Paulo | 435,34 | 2,14 | 50,50 | 102h13m | -0,81 | -1,97 |
Florianópolis | 433,70 | -0,10 | 50,31 | 101h50m | -4,43 | -1,67 |
Rio de Janeiro | 431,31 | 1,59 | 50,03 | 101h16m | -2,80 | -2,15 |
Vitória | 415,75 | 0,42 | 48,23 | 97h37m | -2,48 | -0,58 |
Brasília | 415,39 | -0,29 | 48,19 | 97h32m | -3,78 | -6,60 |
Fortaleza | 408,83 | 1,72 | 47,43 | 95h59m | 3,71 | 5,83 |
Belém | 394,21 | -0,34 | 45,73 | 92h34m | -4,02 | -4,75 |
Campo Grande | 391,95 | 1,70 | 45,47 | 92h02m | -3,95 | -0,53 |
Teresina | 391,15 | 3,90 | 45,37 | 91h50m | 3,22 | 1,39 |
Cuiabá | 389,94 | -1,14 | 45,23 | 91h33m | -8,51 | -4,36 |
Curitiba | 389,52 | 0,58 | 45,19 | 91h28m | -4,96 | -2,81 |
Goiânia | 388,31 | 2,14 | 45,05 | 91h10m | 0,38 | 2,61 |
Belo Horizonte | 385,57 | 2,09 | 44,73 | 90h32m | -2,30 | -5,69 |
João Pessoa | 374,18 | 2,59 | 43,41 | 87h51m | 2,19 | 6,34 |
Palmas | 373,56 | 0,96 | 43,33 | 87h43m | -2,49 | -0,89 |
Porto Velho | 372,96 | 1,93 | 43,26 | 87h34m | -1,25 | 5,27 |
Manaus | 371,93 | -0,93 | 43,15 | 87h20m | -5,86 | -2,51 |
Boa Vista | 371,49 | 1,13 | 43,09 | 87h13m | -6,12 | -1,03 |
Maceió | 369,33 | -0,53 | 42,84 | 86h43m | -5,68 | 7,82 |
São Luís | 364,28 | 2,77 | 42,26 | 85h32m | 2,31 | 2,17 |
Natal | 364,12 | 3,54 | 42,24 | 85h29m | 3,45 | 11,70 |
Macapá | 362,13 | 0,93 | 42,01 | 85h02m | -2,20 | -2,79 |
Recife | 356,21 | 3,53 | 41,32 | 83h38m | 2,37 | 2,59 |
Aracaju | 351,81 | 2,06 | 40,81 | 82h36m | 0,61 | 0,71 |
Salvador | 349,66 | 0,07 | 40,56 | 82h06m | -1,55 | 0,27 |
Rio Branco | 323,34 | -2,19 | 37,51 | 75h55m | -15,89 | -5,64 |
Outras capitais
Em março, o custo do conjunto de alimentos essenciais aumentou em 20 das 27 capitais brasileiras, segundo dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Dieese. As maiores altas foram registradas em algumas capitais do Nordeste: Teresina (3,90%), Natal (3,54%), Recife (3,53%), São Luís (2,77%) e João Pessoa (2,59%). As retrações mais expressivas foram observadas em Rio Branco (-2,19%) e Cuiabá (-1,14%).
Porto Alegre foi a cidade com a cesta mais cara (R$ 437,22), seguida por São Paulo (R$ 435,34) e Florianópolis (R$ 433,70). Os menores valores médios foram observados em Rio Branco (R$ 323,34) e Salvador (R$ 349,66). Em 12 meses, 12 cidades acumularam alta. As elevações mais expressivas foram observadas em Natal (11,70%), Maceió (7,82%) e João Pessoa (6,34%). As reduções ocorreram em 15 cidades, com destaque para Brasília (-6,60%), Belo Horizonte (-5,69%) e Rio Branco (-5,64%).
No primeiro trimestre de 2017, 19 capitais acumularam queda, com destaque para Rio Branco (-15,89%), Cuiabá (-8,51%) e Boa Vista (-6,12%). Já os aumentos mais expressivos foram registrados em Fortaleza (3,71%), Natal (3,45%) e Teresina (3,22%).