Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como a prévia da inflação, ficou em 0,24% na Região Metropolitana de Salvador, apresentando desaceleração em relação ao registrado em julho (0,40%). Ainda assim, foi a segunda maior variação entre as 11 regiões pesquisadas, ficando abaixo apenas da registrada na Região Metropolitana de São Paulo (0,44%) e acima da média nacional (0,13%).
De janeiro a agosto de 2018, o IPCA-15 acumula alta de 3,43% na RM Salvador, variação que se mantém maior do que o acumulado em todo o ano de 2017 (2,35%).Nos 12 meses encerrados em agosto, o IPCA-15 está em 3,77% na RMS, abaixo do índice nacional (4,30%). Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE.
O quadro a seguir mostra os principais resultados do IPCA-15 de agosto para Brasil e cada uma das áreas pesquisadas.
Transportes e Habitação (0,50%) são principais responsáveis pela alta
Dos nove grupos de produtos e serviços que formam o IPCA-15, sete tiveram altas em agosto, na Região Metropolitana de Salvador. Após registrar queda em julho (-0,23%), o grupo Transportes voltou a aumentar (0,47%), sendo a maior influência para a alta na prévia da inflação na RMS, em agosto. A alta no grupo foi influenciada, principalmente, pelas variações na gasolina (5,00%) e no ônibus interestadual (4,49%).
Nos oito primeiros meses deste ano, os transportes acumulam alta de 5,14% na RMS, variação maior do que a acumulada em todo o ano de 2017 (3,59%). Só a gasolina acumula alta de 17,16%, mais que o dobro do acumulado em todo o ano de 2017 (8,57%), na RMS.
O grupo Habitação (0,50%) foi a segunda maior influência para cima no IPCA-15 de agosto, na RMS, puxado pelas variações no gás de botijão (2,37%) e na energia elétrica residencial (1,29%), que continuam entre as principais pressões inflacionárias na Região Metropolitana de Salvador.
Nos oito primeiros meses deste ano, o gás de botijão já acumula alta de 7,79%, acima do acumulado em todo o ano de 2017 (6,76%). Já a energia elétrica residencial acumula neste ano (21,17%), na RMS, mais que o dobro do acumulado em todo o ano de 2017 (10,04%).
Outro destaque na prévia da inflação de agosto foi o grupo Vestuário (0,95%), que apresentou a maior alta em termos percentuais na RM Salvador, influenciado, principalmente, pelos aumentos em itens como short e bermuda masculina (3,60%) e na blusa (1,94%). Pelo IPCA-15, desde janeiro, foi a primeira alta no grupo, que acumula variação de 0,38% no ano, na RMS.
Alimentação e Bebidas ajudam a conter IPCA-15
Influenciado pela queda em produtos como cebola (-29,71%) e tomate (-19,95%), o grupo Alimentação e Bebidas (-0,52%) voltou a cair após três aumentos sucessivos e foi a principal influência no sentido de conter o IPCA-15 na RMS em agosto.
Ainda assim, os alimentos acumulam, no ano, alta de 2,35% na RMS, muito acima do registrado em 2017 como um todo (-2,20%). Além do grupo Alimentação e Bebidas (-0,52%), Comunicação (-0,01%) também teve uma leve deflação.