O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, acelerou em outubro para 0,20% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A alta ocorreu depois de duas deflações seguidas (-0,13% em agosto e -0,04% em setembro). Apesar da aceleração, foi o menor IPCA-15 para um mês de outubro na RMS em seis anos, desde 2013, quando o índice havia sido de -0,08%. Os dados são do IBGE.
Além de ter ficado acima da média nacional (0,09%), o IPCA-15 de outubro na RMS (0,20%) foi a 3ª prévia de inflação mais alta dentre as 11 áreas investigadas, abaixo apenas dos índices da Região Metropolitana de Belém/ PA (0,28%) e do município de Goiânia/ GO (0,22%).
No outro extremo, três áreas tiveram deflação no IPCA-15 de outubro: as regiões metropolitanas de Recife/ PE (-0,07%), Curitiba/ PR (-0,07%) e Fortaleza/ CE (-0,08%).
Com o resultado do mês, o IPCA-15 da RMS acumula alta de 2,78% no ano de 2019, acelerando em relação a setembro (quando havia sido de 2,57%) e voltando a ficar acima da média nacional (2,69%). Nos 12 meses encerrados em outubro, o indicador está em 2,59%, desacelerando em relação ao acumulado até setembro (3,15%) e se mantendo abaixo do verificado no país como um todo (2,72%).
Altas nos gastos com saúde e cuidados pessoais
Dos nove grupos de produtos e serviços que formam o IPCA-15, seis tiveram altas em outubro, na Região Metropolitana de Salvador. Com o maior aumento na prévia da inflação do mês, o grupo saúde e cuidados pessoais (1,14%) foi também o que mais puxou o índice para cima, sob influência dos produtos de higiene pessoal (+2,81%) e dos remédios (produtos farmacêuticos, +1,05%). O principal destaque individual do grupo foi o perfume, que aumentou 4,50%.
Além de saúde, os aumentos nos preços médios dos grupos habitação (0,64%) e transportes (0,51%) também pressionaram o IPCA-15 da RM Salvador em outubro. No primeiro caso, a energia elétrica (2,52%) foi a principal influência. Foi também o item que, sozinho, mais puxou a prévia da inflação para cima. No segundo caso, a maior contribuição veio da gasolina (1,61%).
Por outro lado, com a maior deflação do mês, e a terceira queda média de preços consecutiva, segundo o IPCA-15, o grupo alimentação e bebidas (-0,52%) foi mais uma vez o que mais contribuiu para segurar o índice do mês, na RMS.
Houve quedas tanto nos preços médios dos alimentos consumidos em casa (-0,52%) quanto na alimentação fora (-0,52%). Todos os cinco produtos que mais puxaram a prévia da inflação de outubro para baixo na RMS foram alimentos, com destaque para a cerveja (-3,15%), a cebola (-9,99%) e a cenoura (-24,61%).