Um carga de 100 toneladas de algodão, cultivado na Região Oeste da Bahia, foi exportada neste mês de agosto para a cidade de Ho Chi Minh, no Vietã, através do Porto de Fortaleza. Para chegar ao terminal cearense, a fibra baiana percorreu mais de 1.500 Km – quase o dobro da distância para o Porto de Salvador. O embarque dos quatro contêineres foi feito pela Cargill e pela CMA CGM, líder mundial em logística e transporte.
O algodão enviado para o Vietnã foi cultivado no Oeste da Bahia de acordo com a certificação BCI (Better Cotton Initiative), com metodologia que analisa impactos ambientais desde seu cultivo até o uso final. Em nota, as empresas afirmam que o trajeto traçado e operacionalizado pela CMA CGM deve ajudar a distribuir melhor os envios internacionais, pois estima-se que o Porto de Santos (SP) concentre 95% dos embarques internacionais do algodão brasileiro.
“Esse trabalho mostra a importância da logística estratégica para que o mundo consiga receber as commodities brasileiras no menor tempo possível. Esse foi apenas o primeiro embarque deste volume em Fortaleza, temos a perspectiva de novos envios em breve”, adianta Daniela Duarte, líder de Transportes Internacionais e Cabotagem da Cargill na América Latina.
De acordo com ela, essa projeção acompanha os números esperados da safra em estados como Piauí, Maranhão e Tocantins. Para o futuro, a companhia espera expandir a mesma logística para atender à crescente produção de algodão da Bahia, Piauí e Maranhão.
“Este novo fluxo de exportação a partir do Porto de Fortaleza mostra nosso compromisso em oferecer alternativas logísticas que atendam às necessidades específicas de nossos clientes, proporcionando maior agilidade e eficiência no transporte de commodities brasileiras para o mercado internacional. Estamos comprometidos em continuar expandindo nossas operações no país, fortalecendo nossa presença e contribuindo para o crescimento do comércio”, afirma Neusa Marcelino, Diretora Geral da CMA CGM Brasil.
Egito
Boa parte do algodão produzido na Bahia é exportado através do Porto de Santos (SP) que fica 1.600 Km do Oeste baiano. Produtores têm buscado estratégias para consolidar uma nova rota de exportação através do Porto de Salvador. E já houve avanços neste sentido.
Em março deste ano, por exemplo, o algodão produzido em Luís Eduardo Magalhães, foi exportado pela primeira vez para o Egito. A operação aconteceu pelo terminal de contêineres do Porto de Salvador, o Tecon Salvador, unidade de negócios da Wilson Sons, com o embarque de 2.500 fardos da pluma do algodão, o equivalente a mais de 500 toneladas do produto.
Depois de sair da fazenda produtora, a carga foi direcionada ao centro logístico da Wilson Sons para o processo de estufagem em 22 contêineres, sendo levada posteriormente ao Tecon Salvador, de onde seguiu viagem até o Porto de Port Said West, no continente africano.
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