As exportações brasileiras de algodão encerraram novembro em patamar elevado, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No mês, a China foi o principal destino da fibra, com 105.557 toneladas, seguida por Índia (82.463 t), Bangladesh (56.454 t), Paquistão (41.496 t), Turquia (37.377 t) e Vietnã (35.013 t), confirmando a força da demanda asiática no fechamento do mês. Para a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), o ritmo de novembro, um dos mais fortes do ano, confirma a capacidade brasileira de embarque, em safras grandes como a de 2024/2025, estimada em 4,2 milhões de toneladas de pluma.
No acumulado do ano comercial 25/26, de agosto a novembro, o desempenho segue consistente, com destaque para a Índia (169.932 t), China (153.624 t), Bangladesh (138.644 t), Vietnã (122.404 t), Paquistão (110.481 t) e Turquia (110.325 t).
“Com mais de 2,57 milhões de toneladas exportadas entre janeiro e novembro, e já com registros iniciais de dezembro no sistema, o resultado confirma a forte presença do algodão brasileiro no mercado internacional em 2025, e a manutenção do status de maior exportador global da commodity”, afirma o presidente da Anea, Dawid Wajs. “Entretanto, vale lembrar que este crescimento dos embarques para a Índia, foram fruto de uma isenção tarifária que acaba agora no final de dezembro, e ainda não temos informações se será prorrogada. Temos muito trabalho ainda pela frente tanto para continuar abrindo novos mercados quanto para manter os que temos, mas, principalmente, para ajudar a conscientizar o consumidor dos benefícios do algodão ante as fibras fósseis, e, quem sabe, aumentar a demanda pelo produto”, pondera o presidente da Anea.
Ainda segundo Wajs, o incremento das exportações pelo Porto de Salvador é um grande sinal positivo, para desafogar o Porto de Santos. Em novembro, saíram pela capital baiana 24.538 toneladas, de um total de 402.452 toneladas, o que representa uma participação de 6%. Já Entre agosto e novembro, o terminal movimentou 54.946 toneladas, firmando-se como o segundo corredor de exportação do algodão brasileiro, e ainda com grande potencial para crescimento. Já o Porto de Santos concentrou 865.116 toneladas no mesmo período. Também aparecem no ranking São Francisco do Sul (30.459 t), Itajaí (2.595 t) e Paranaguá (2.113 t).
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