A Arara Seed, plataforma de investimento coletivo, está trabalhando em um novo pilar com ofertas privadas e públicas de captação, permitindo que investidores interessados apliquem recursos para a conversão de áreas degradadas em terras produtivas. O pilar tem como foco a compra e recuperação de 5 mil hectares nos próximos cinco anos, com a perspectiva de, após a recuperação, revender as áreas com maior valor agregado.
Uma estimativa do Itaú BBA considera que o Brasil tem pelo menos 28 milhões de hectares de terras degradadas. Transformar essas áreas em produtivas significaria expandir a produção de alimentos sem precisar abrir novas áreas, além de regenerar solos, restaurar ciclos hídricos, reduzir a pressão sobre biomas nativos e gerar renda para o produtor rural.
A iniciativa surge em um cenário em que, com mudanças climáticas e pressões ambientais, abrir novas áreas se torna cada vez menos viável, aumentando a prioridade pela recuperação de pastagens e áreas degradadas.
A estratégia marca uma mudança no perfil da empresa, que inicialmente tinha como foco principal financiar startups do agronegócio. Em entrevista ao AgFeed, o CEO Henrique Galvani contou que uma mudança recente foi a criação de uma vertical de dívida, com emissões de CRIs e CRAs, os certificados de recebíveis ligados ao mercado imobiliário e ao agronegócio.
A meta faz parte de um plano maior: captar R$ 200 milhões até 2032, considerando todas as frentes em que a Arara Seed atua. Hoje, em dois anos e meio de operação, a empresa já movimentou R$ 50 milhões entre ofertas públicas e privadas.
Para Galvani, a nova vertical também democratiza o acesso ao mercado de terras agrícolas, permitindo que pequenos investidores contribuam para a recuperação e valorização dessas áreas, com um impacto ambiental significativo.
Com informações do portal AgFeed