Dados preliminares de medição dos valores coletados entre os dias 1º e 15 de julho indicam redução de 3,2% no consumo de energia na Bahia em relação ao mesmo período do ano passado, caindo de 3.344 MW médios para 3.236 MW médios. As informações são do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que traz dados de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
Além da Bahia, os estados de São Paulo (1,4%), Minas Gerais (-2,8%) e Rio Grande do Sul (-3,7%) tiveram retrações significativas no consumo de energia. Com montantes inferiores, Goiás (-1,2%), Sergipe (-4,6%) e Piauí (-3,3%) também fecharam a primeira quinzena de julho com redução no consumo.
Em contrapartida, o submercado Norte teve um crescimento de 7,5%, saindo de 4.725 MW médios para 5.078 MW médios. O resultado foi impulsionado principalmente pelo aumento de 7,5% no Pará, que saltou de 2.275 MW médios para 2.446 MW médios. O Maranhão, que geograficamente integra a região Nordeste, mas integra o submercado Norte do SIN, também ajudou nesta elevação ao registrar 9,3% de aumento.
Os estados de Santa Catarina (3,7%), Pernambuco (5,8%), Amazonas (6,8%) e Mato Grosso (6%) contribuíram para manter o consumo nacional no mesmo patamar do ano passado.
Consumo no mercado regulado e livre
O Ambiente de Contratação Regulada – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras (onde estão inseridos os consumidores residenciais, comerciais, industriais, rurais, serviços, iluminação pública e outros), apresentou diminuição no consumo de 0,5% em relação a julho de 2018, considerando a mudança de clientes cativos para o Ambiente de Contratação Livre – ACL. Excluindo o impacto das migrações, o ACR registraria aumento de 1,3%.
Já no Ambiente de Contratação Livre – ACL no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (como consumidores de atividade industrial/comercial/serviços), o consumo apresentou aumento de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado – considerando a migração de cargas. Ao excluir este impacto, o mercado livre registraria retração de 2,4%.
Os segmentos da indústria avaliados pela CCEE que registraram maior crescimento de consumo foram: transporte (18,2%), bebidas (14%) e alimentício (12,8%). A expansão desses setores está vinculada à migração dos consumidores para o mercado livre. Ao excluirmos este impacto, verificamos crescimento para os seguintes ramos: bebidas (7,3%), alimentícios (5,3%) e manufaturados diversos (3,2%).