O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, ficou em -0,14% na Região Metropolitana de Salvador (RMS) em julho, desacelerando pelo terceiro mês consecutivo e atingindo seu menor patamar no ano de 2019. Foi também o menor IPCA para a RMS, num mês de julho, desde 2014, quando havia sido registrada uma deflação de -0,61%. Os dados foram divulgados agora há pouco pelo IBGE.
O IPCA de julho na RMS ficou abaixo da média nacional (0,19%). No mês, 6 das 16 áreas pesquisadas tiveram deflação, com destaques para os municípios de Goiânia/GO (-0,22%) e Rio Branco/AC (-0,21%). No outro extremo a inflação foi maior nas regiões metropolitanas de Porto Alegre (0,54%) e Rio de Janeiro (0,30%).
Com o resultado de julho, o IPCA na RMS acumula alta de 2,13% no ano de 2019. No país como um todo, o índice acumulado neste ano está em 2,42%.
Já no acumulado nos 12 meses encerrados em julho, a inflação na RMS desacelerou pela terceira vez, indo a 2,94% e se afastando ainda mais da média nacional (3,22%). A RMS tem a terceira inflação mais baixa no acumulado em 12 meses, ficando acima apenas de Brasília (2,54%) e da RM Curitiba/PR (2,39%).
Deflações em transportes e vestuário
Dentre os nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA, quatro tiveram deflação em julho, na Região Metropolitana de Salvador. Com as maiores quedas, Transportes (-1,64%) e Vestuário (-1,14%) foram também os que mais puxaram o índice para baixo.
Os transportes tiveram sua primeira deflação desde fevereiro, influenciados, sobretudo, pela queda média nos preços dos combustíveis (-6,92%). A gasolina (-6,89%) foi o item que, individualmente, mais contribuiu para deflação de julho, na RMS. Mas os preços do etanol (-10,23%, segunda principal influência para baixo) e do óleo diesel (-1,48%) também mostraram recuos importantes.
Já o grupo vestuário teve a segunda deflação consecutiva, o que refletiu em grande parte as liquidações e promoções de julho, com influência das roupas (-0,93%), sobretudo as femininas (-1,81%).
O recuo nos preços das despesas com saúde e cuidados pessoais (-0,56%) também teve contribuição importante na deflação de julho, na RMS. Pesou nesse resultado a retração de itens relacionados a cuidados pessoais (-2,63%), como perfume (-2,66%) e artigos de maquiagem (-13,27%).
O IPCA de julho não foi menor porque os gastos com habitação (1,08%) e alimentação e bebidas (0,22%) puxaram o índice para cima.
Dentre as despesas com moradia, as altas na energia elétrica (5,45%) e na taxa de água e esgoto (1,95%) tiveram o maior peso. Os aumentos refletiram, por um lado, a entrada em vigor da bandeira tarifária amarela para as contas de luz e, por outro, o reajuste na taxa de água e esgoto em Salvador.
Entre os alimentos, as maiores altas vieram daqueles consumidos no próprio domicílio (0,50%), como a cebola (47,17%), que teve o maior aumento dentre todos os itens considerados pelo IPCA, o pão francês (1,73%) e a batata-inglesa (6,4%). A alimentação fora de casa teve deflação em julho, na RMS (-0,37%