O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 0,60%, em novembro, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 14 de outubro e 14 de novembro.
Foi a segunda alta do índice, depois de duas deflações seguidas (-0,82% em agosto e -0,17% em setembro), com uma aceleração importante em relação ao registrado em outubro (0,05%). Ainda assim, foi a menor prévia da inflação para um mês de novembro, na RM Salvador, desde 2019 (quando o IPCA-15 havia sido 0,01%).
O IPCA-15 de novembro da RMS ficou acima do verificado no país como um todo (0,53%) e foi o 5º mais alto entre as 11 áreas pesquisadas separadamente para calcular a prévia da inflação. Todas elas mostraram altas em novembro, lideradas pela RM Recife/PE (0,78%), por Brasília/DF (0,78%) e por Goiânia/GO (0,66%).
Com o resultado do mês, o IPCA-15 da RMS acumula alta de 6,44% no ano de 2022, até novembro. Segue acima do acumulado nacional (5,35%) e se mantém a segunda maior prévia da inflação do país, abaixo apenas da registrada na RM Rio de Janeiro/RJ (6,50%).
No acumulado nos 12 meses encerrados em novembro, o IPCA-15 da RM Salvador segue como o mais alto do país (7,64%), embora continue desacelerando (aumentado menos) frente ao mês anterior (havia ficado em 8,58% em outubro). No país como um todo, esse acumulado está em 6,17%.
Gasolina
A aumento do IPCA-15 de novembro, na Região Metropolitana de Salvador (0,60%), foi disseminado. Houve altas em sete dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice, puxados por transportes (1,98%) e saúde e cuidados pessoais (0,80%).
O grupo transportes (1,98%) teve o maior aumento, na RMS, e o primeiro após três deflações seguidas, em agosto (-6,74%), setembro (-2,66%) e outubro (-1,56%). Depois de quatro meses em queda, a gasolina voltou a aumentar de forma significativa (6,99%) e foi o item que, individualmente, mais contribuiu para alta na prévia da inflação de novembro, na RMS.
Já os preços do grupo saúde (0,80%) aumentam seguidamente há nove meses, desde março. Em novembro, sofreram influências importantes das altas nos planos de saúde (1,21%) e produtos para a pele (8,71%).
Com os maiores aumentos acumulados no ano (22,1%) e em 12 meses (25,30%), o grupo vestuário teve a segunda maior variação (1,53%) em novembro, na RMS, e também contribuiu de forma relevante para a aceleração da prévia da inflação no mês. Seguiu pressionado para cima tanto pelas roupas (1,42%) quanto pelos calçados e acessórios (2,12%).
Os alimentos (0,14%), por sua vez, apesar de terem voltado a apresentar alta média dos preços, depois da deflação no IPCA-15 de outubro (-0,09%), mostraram a segunda menor inflação em pouco mais de dois anos (desde agosto/20).
Produtos como o leite longa vida (-8,87%), o açúcar cristal (-3,05%) e o feijão carioca (-4,50%) ajudaram a conter a prévia da inflação de novembro, na RMS.
Também foram importantes, nesse sentido, as quedas registradas nos grupos comunicação (-0,41%) e despesas pessoais (-0,04%), puxadas, respectivamente, pelos aparelhos telefônicos (-2,13%) e pelo salário dos empregados domésticos (-0,26%).