Mais uma importante iniciativa de enfrentamento ao coronavírus em Salvador foi adotada pela Prefeitura nesta quarta-feira (1°): a parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que vai permitir a validação técnica das ações municipais a partir da análise dos dados da Covid-19 na cidade, revisão do plano de contingência para o combate à pandemia e o apoio ao diagnóstico da doença e na disseminação das informações para a população mais carente.
Com validade de dois anos, o convênio foi apresentado à imprensa, no Palácio Thomé de Souza, pelo prefeito ACM Neto e pela diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, além do secretário municipal da Saúde (SMS), Leo Prates. O prefeito salientou a importância da Fiocruz como uma das instituições mais preparadas e com o melhor requisito técnico para dar suporte na tomada de decisões, principalmente neste período em que a cidade deverá entrar em uma fase mais complexa de enfrentamento da pandemia.
“As decisões precisam ser cada vez mais respaldadas por opiniões técnicas qualificadas. Sendo assim, a equipe da Fiocruz traz a possibilidade de comparação da situação de Salvador com o que vem acontecendo em outros lugares do Brasil para que a Prefeitura, como vem fazendo desde o início, tenha condições de tomar as medidas necessárias, adotar as melhores ações em políticas públicas e, sobretudo, definir os rumos para que a capital possa vencer o coronavírus”, declarou ACM Neto.
“Nesse momento de pandemia, é importante essa integração entre os poderes. Como a Fiocruz é um órgão federal (vinculado ao Ministério da Saúde) e que tem uma atuação forte em saúde pública, a instituição vem para reforçar as ações dentro de Salvador para enfrentar essa situação de uma maneira que todos saiam vencendo. É mais um reforço às ações que já estão sendo realizados pela Prefeitura, de forma que a gente possa contribuir para melhorar e reforçar o sistema de saúde”, ressaltou a diretora Marilda Gonçalves.
Ações
Uma das iniciativas possibilitadas pelo convênio é o apoio no diagnóstico dos casos de Covid-19 na capital, com aumento para 500 do número de testes a serem realizados por dia. Estes testes serão feitos pela Fiocruz a partir de material colhido nas unidades de saúde e encaminhados pelos laboratórios centrais estadual e municipal.
Além disso, a fundação vai fazer, através do Centro de Integração de Dados e Conhecimento em Saúde da instituição, análise dos dados da Covid-19 utilizando modelos matemáticos para comparação com outros locais no Brasil e no mundo sobre a evolução da curva de transmissão do coronavírus, perfil dos pacientes infectados e localidades dos casos, por exemplo. Os resultados vão subsidiar as ações a serem adotadas pelo município, a exemplo dos decretos que restringem a circulação de pessoas e incentivam o isolamento social, conforme orientação das autoridades sanitárias.
Outro eixo é o apoio nas ações de comunicação em saúde para divulgar, ao máximo, as informações sobre a pandemia aos cidadãos, principalmente nas comunidades mais carentes. A estratégia deverá envolver desde conteúdos digitais até a orientação a ser levada pelos agentes comunitários de saúde para a população, no intuito de, através da informação, contribuir para o achatamento da curva de transmissão do coronavírus.
A lista contempla ainda a revisão do plano de contingência municipal pela instituição federal para proposição de melhorias nas decisões iniciais e validação das ações a serem adotadas. De acordo com o secretário Leo Prates, a Fiocruz vai colaborar com o Centro de Operações ao Enfrentamento do Coronavírus, que foi montado na SMS e que dialoga com diversas entidades para criação de modelos e contribuição na adoção de estratégias para combate à Covid-19.