O imponente prédio dos Correios, encravado na Avenida Paulo VI, na Pituba, em Salvador, já não é mais símbolo de desenvolvimento. Hoje, ele é um verdadeiro elefante branco que enfeia o bairro e se arrasta como um problema sem solução para a cidade e para a estatal.
Foram pelo menos cinco tentativas frustradas de leiloar o imóvel. Na estreia, em 2019, os Correios pediram R$248 milhões. Já na última tentativa, há dois anos, o valor despencou para R$141 milhões, um corte de 43%. Mas, nem assim, conseguiram interessados.
O mercado imobiliário? Reage com descrença e considera o preço fora de qualquer realidade. E não é difícil entender o porquê.
O prédio, com seus quase 35 mil metros quadrados e 17 andares, é um dinossauro da década de 80.
Reformá-lo? Um pesadelo arquitetônico e econômico. Demoli-lo? Uma operação faraônica em meio a prédios residenciais e comerciais que só aumentaria os custos.
Enquanto isso, o prédio permanece ali, um gigante de concreto envelhecido, desvalorizando o entorno e ofuscando o potencial da Pituba.
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