O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação do país, ficou em 0,14% na Região Metropolitana de Salvador (RMS) em setembro. O resultado mostrou aceleração em relação ao índice de agosto (0,04%), mas ficou abaixo do apurado em setembro de 2018 (0,35%). Os dados foram divulgados pelo IBGE.
A inflação de setembro na RMS ficou bem acima da média nacional (-0,04%) e foi a terceira mais alta dentre as 16 áreas investigadas pelo IBGE, abaixo apenas dos índices registrados em Goiânia/GO (0,41%) e Rio Branco/AC (0,30%). Dez áreas tiveram deflação em setembro. Os menores índices foram os registrados em São Luís/MA (-0,22%), Região Metropolitana de Belo Horizonte/MG (-0,18%) e Brasília/DF (-0,17%).
Com o resultado do mês, o IPCA na RMS f acumula alta de 2,32% no ano de 2019, mostrando a segunda aceleração seguida (havia ficado em 2,17% em agosto), mas ainda se mantendo abaixo do verificado no país como um todo (2,49%). A inflação acumulada neste ano, na RMS, segue mais baixa também do que do mesmo período de 2018 (3,30%).
Já no acumulado nos 12 meses encerrados em setembro, a inflação na RM Salvador desacelerou, indo a 3,05% (havia ficado em 3,27% em agosto). Está maior, porém, que a média nacional (2,89%).
Habitação e saúde
Em setembro, cinco dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA tiveram altas na Região Metropolitana de Salvador. Com os maiores aumentos, habitação (0,76%) e saúde e cuidados pessoais (0,98%) foram, nessa ordem, os que mais puxaram a inflação para cima.
Ambos os grupos haviam registrado deflação em agosto (-0,45% e -0,25%, respectivamente) e aceleraram em setembro sob forte influência das altas da energia elétrica (3,35%) e do perfume (5,06%), respectivamente. A energia foi o item que, individualmente, mais pressionou a inflação de setembro em Salvador.
O aumento dos preços no grupo transportes (0,35%) também foi relevante em setembro, puxado pela gasolina (0,90%), que, mesmo desacelerando em relação a agosto (quando havia aumentado 6,65%), manteve-se entre as maiores pressões inflacionárias do mês na RMS.
Por outro lado, os alimentos tiveram, em setembro, a segunda deflação seguida e a maior queda entre os grupos (-0,63%). Foram, assim, os que mais contribuíram para segurar o IPCA na Região Metropolitana de Salvador, mais uma vez com influência forte dos produtos consumidos no próprio domicílio (-0,96%).
Todos os cinco itens que mais puxaram a inflação da RMS para baixo foram alimentos, liderados pelo frango inteiro (-5,45%) e pela cebola (-11,57%), cujo preço médio caiu pela primeira vez após três fortes altas seguidas.
Apesar da deflação média na alimentação, comer fora seguiu aumentando em setembro (0,8%), com pressão maior das refeições (almoço e jantar, 0,67%). Alguns itens alimentícios de consumo no domicílio e importantes no dia a dia também tiveram altas relevantes como o pão francês (3,13%) e o açúcar cristal (6,65%).