Segundo o último relatório da Grand View Research, o mercado de investimentos em ESG (do inglês, ‘Ambiental, Social e Governança’) deve alcançar a faixa de US$ 79 trilhões, até 2030.
Com essa indústria crescendo à 18% a.a (ao ano), conforme estimado pela taxa de crescimento anual composta (CAGR), o setor espera triplicar as estimativas do ano de 2023 – em que essas práticas somavam, juntas, US$ 25 trilhões. Os dados fazem parte do estudo ‘ESG Investing Market’, que analisa e projeta os cinco anos subsequentes da categoria.
Em um cenário onde as organizações estão cada vez mais transparentes, os investidores se sentem mais confortáveis para mensurar os impactos ambientais, iniciativas sociais e as práticas de governança. Esses insights, retirados à partir de relatórios públicos, atraem uma parcela significativa de acionistas que vêem um reflexo dos seus valores nas marcas.
O ranking Merco de Responsabilidade Corporativa ESG é um dos facilitadores no que diz respeito à pontuação em Environmental, Social and Governance (ESG). Organizações como Ifood, Petrobras, Vale e Bradesco ranquearam entre as 100 empresas que mais se destacaram no Brasil, atraindo olhares e demais parceiros estratégicos.
De acordo com a Diretora de Publicidade na Prefeitura Municipal de Salvador (PMS), Lília Lopes, o mercado de ESG será determinante para o rebranding mercadológico das empresas no Brasil e no mundo. A profissional sênior pontua que, nos próximos anos, os ambientes profissionais tendem a ser cada vez mais orientados por responsabilidade social, transparência e maturidade, resultado da liderança da GenX.
“A transparência empresarial está cada vez mais associada às práticas de ESG, que refletem o quanto uma marca é capaz de equilibrar propósito, diversidade e responsabilidade. Empresas maduras entendem que resultados sustentáveis nascem de equipes diversas, onde diferentes gerações e perspectivas se complementam na construção de soluções mais humanas e inovadoras. A diversidade etária e cultural, nesse contexto, torna-se um indicador de governança e de visão de futuro, mostrando que o verdadeiro crescimento está em alinhar impacto social, transparência e longevidade dos negócios”, explica.
Na visão da especialista, o crescimento do mercado de ESG se dividirá em dois fronts. O primeiro é em razão do aumento nos investimentos externos até o ano de 2030, diante do forte apelo à Agenda 2030 da ONU. A segunda frente de atuação, segundo Lília, está no aumento das receitas internas em organizações, devido à diversificação de olhares dentro das empresas.
Ao adotar estratégias de equipes diversas onde atuou, Lília revela que o número de interações e feedbacks tendem à ser mais positivas do que atuações singulares. Segundo ela, a pluralidade de perspectivas dentro das equipes influencia diretamente os resultados, tanto sociais como econômicas.
“As estratégias de ESG são tão importantes que podemos integrá-las do backstage ao front das ações. Falar de ESG, portanto, é falar de inteligência estratégica; deixando de ser um diferencial competitivo para se tornar uma exigência do mercado global até 2030. Marcas que conseguirem integrar propósito, diversidade e transparência na execução dos seus projetos devem liderar os pilares ‘Ambiental, Social e de Governança’ nos próximos anos; e consequentemente, os aportes do mercado”, conclui.
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