Em meio a um cenário desafiador, com conflitos internacionais e a previsão de uma recessão nos Estados Unidos, a economia global se demonstrou resiliente e o ouro conseguiu acumular 13% de ganhos ao longo de 2023. Na primeira quinzena do mês de janeiro, a cotação por onça-troy bateu US$2 mil, continuando a caminhada de alta iniciada no último ano.
A desaceleração do dólar ante moedas rivais e o aumento por ativos seguros —diante do conflito que ainda ocorre no Oriente Médio — também impulsionam a alta do ouro.
Esse aumento é influenciado diretamente pelo contexto de insegurança, seja econômico ou geopolítico, que os mercados enfrentam. Segundo dados do World Gold Council (WGC), entidade internacional que regulamenta o metal, a demanda deve continuar alta ao longo deste ano.
O otimismo ocorre uma vez que o ouro é considerado um dos investimentos mais seguros em momentos de crise, principalmente frente à guerra entre Israel e o Hamas, com a possibilidade de outros países se envolverem. Este cenário foi observado em 2022, com a irrupção do conflito entre Ucrânia e Rússia, quando bancos centrais de todo o mundo usaram os dólares de suas reservas para comprar ouro — batendo o recorde desde 1950.
O cenário geopolítico
Para Mauriciano Cavalcante, diretor de câmbio da Ourominas, considerada uma das maiores empresas de ouro e câmbio do país, o cenário da geopolítica global foi responsável por acrescentar entre 3% e 6% ao desempenho do ouro nos últimos anos — conforme dados do WGC.
“Considerando que 2024 será um ano de grandes eleições mundiais, incluindo os Estados Unidos, países da União Europeia e Ásia, a busca por uma cobertura mais segura nas carteiras de investidores será maior que o normal”, explica.
A projeção de alta do ouro também depende diretamente dos próximos passos do Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos, e como vão lidar com as taxas de juros. De acordo com o WGC, a expectativa é de cortes de juros e um dólar mais fraco em 2024, fazendo com que ativos que não são remunerados por juros se destaquem.
Por fim, outro fator é a utilização do metal pelos bancos, visto que estão passando por um período de recessão no qual a maioria dos países está enfrentando dívidas altas. Dessa forma, o ouro oferece segurança para os bancos centrais diversificarem as suas reservas. O relatório da entidade estima que a busca do ouro pelo banco central tenha acrescentado 10% ou mais ao desempenho do ouro.
Segundo Mauriciano Cavalcante, diante do cenário global, a tendência é que os investidores continuem estimulando a valorização do ouro, em busca de preservar seus patrimônios.
“Com a chegada de 100 dias de conflito entre Israel e Palestina, vemos o ciclo da Ucrânia e Rússia se repetindo, uma vez que não há previsão para o seu término. As tensões na região, principalmente ligadas ao petróleo, causam uma grande preocupação no mercado global. Diante deste cenário, a tendência é que países e investidores se apoiem na segurança do ouro”, destaca o especialista.
Como investir em ouro?
Existem diversas alternativas disponíveis no mercado para investir em ouro. A Ourominas, que conta com mais de 40 anos no mercado, oferece cartões como o Cartão OuroFácil, com opções de gramatura de 1, 2, 5, 10, 25, 31 e 50. Além disso, a empresa oferece as barras físicas, de 1 a 100g, e ainda as pirâmides que pesam 50g, 100g e 250g.
Vale ressaltar que todos os produtos da Ourominas possuem teor de pureza 999 e têm sua recompra garantida conforme a cotação do dia. “O ouro atingiu patamares máximos nos últimos anos, se beneficiando da queda do dólar. Caso ele não consiga repetir o feito em 2024, a previsão é que qualquer compra acima da tendência forneça um impulso para o mercado”, conclui Mauriciano.
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