A Petrobras reafirmou nesta segunda-feira (28) que sua participação na Braskem faz parte da carteira de ativos à venda pela companhia, conforme divulgado no Plano Estratégico 2022-2026. A estatal, no entanto, negou que esteja conduzindo estruturação de operação de venda no mercado privado. A companhia informou ainda que “não é verdadeira a informação que recusou proposta do BTG”.
De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal Globo, a estatal recusou formalmente uma proposta do BTG Pactual pela petroquímica. Restam, agora, outros dois lances firmes na mesa. Um deles foi proposto pela gestora americana Apollo Global por 100% da Braskem e inclui o fechamento do capital da companhia. O outro é da Unipar, que diz respeito a apenas as unidades produtoras de nafta em São Paulo, que vai contra o desejo dos controladores de fatiar a Braskem.
A Braskem completou neste mês de agosto 20 anos de operação. Os principais acionistas da companhia são o grupo Novonor, com 38,3% das ações do capital total, e a Petrobras, que possui 36,1% das ações do capital total. Os 25,6% restantes estão distribuídos principalmente no mercado de ações da B3, na Bolsa de Valores de Nova York e na Latibex – seção latino-americana da Bolsa de Madri.
A empresa conta 40 unidades industriais, sendo 29 delas instaladas no Brasil, nos estados de Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, cinco nos Estados Unidos, duas na Alemanha e quatro no México. Juntas, elas têm capacidade anual de produção de 10,7 milhões de químicos e de 9,3 milhões de toneladas de resinas termoplásticas. São 8 mil funcionários, espalhados por 11 países.