O Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia apresentou queda de 3,7% no segundo trimestre de 2016 na comparação com igual período de 2015. Já considerando a série com ajuste sazonal (2º trimestre de 2016 em comparação com o 1º trimestre de 2016), o resultado foi contração de 1,1%. Os números foram divulgados hoje pela Superintendência de Estudos Sociais e Econômicos da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan).
A atividade econômica do estado caiu 3,9% no primeiro semestre de 2016, em relação a igual período de 2015. No acumulado dos quatro trimestres, terminados no segundo trimestre de 2016, o PIB registra uma taxa negativa de 3,8%, em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. A projeção para o ano de 2016, feita pela SEI, é de queda de 3,1%.
2º Trimestre de 2016 – Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB da Bahia apresentou contração de 3,7% no segundo trimestre de 2016. Essa queda é decorrente do desempenho do valor adicionado a preços básicos (VA) que fechou o trimestre com retração de 3,9% e dos impostos sobre produtos (-3,5%). Os três setores que contribuem para a geração do valor adicionado tiveram quedas: agropecuária (-14,4%), indústria (-2,4% ) e serviços (-2,4%).
A queda da agropecuária baiana esteve associada diretamente às fortes perdas na produção de grãos em função da seca, que atinge a maior parte das áreas produtoras, inclusive a região oeste do estado.
A redução da atividade econômica do setor industrial baiano no segundo trimestre de 2016 se deve, principalmente, ao resultado negativo da extrativa mineral (-19,6%) e eletricidade e gás, água e esgoto (-8,0%), seguida da construção que caiu 2,0%. Somente a indústria de transformação apresentou um crescimento (1,1%), comparado ao segundo trimestre de 2015.
Quanto ao desempenho do setor de serviços baiano, a atividade aluguel teve crescimento de 2,6% no trimestre de abril a junho de 2016. Contudo, atividades – que possuem mais do que 50% do total do setor – sofreram considerável queda. Foram elas: comércio (-7,9%); administração pública (-2,6%) e transporte (-6,9%).
1º Semestre de 2016 – No acumulado de janeiro a junho de 2016, registrou-se queda de 3,9% (diante do primeiro semestre de 2015), consequência de dois trimestres do ano com resultados negativos. A agropecuária variou negativamente em 15,7% e a indústria e os serviços apresentaram queda de 2,9% e 2,2%, respectivamente.
O resultado negativo do setor agropecuário da Bahia em 2016 (-15,7%) pode ser explicado pelo comportamento de alguns produtos que possuem safra significativa no período analisado e pela produtividade. Com exceção do café (2,9%), os produtos da safra de grãos registraram queda na sua produtividade, em comparação ao ano anterior. As principais variações negativas foram: soja (-30,3%), feijão (-25,1%); milho (-21,8%) e algodão (-21,4%). No caso das lavouras de cana-de-açúcar, mandioca e cacau registraram ganho de produtividade.
A maior queda do setor industrial se deu na extrativa mineral: retração de 15,1%. A construção civil (-3,9%) e a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-7,8%) também recuaram no período analisado. Já a indústria de transformação registrou variação positiva de 1,4%.
O valor adicionado de serviços do estado caiu 2,2% no primeiro semestre de 2016, na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo os cálculos trimestrais da SEI (2016). Destaques para as contrações de 8,8% do comércio (atacadista e varejista), de transporte (-6,7%) e administração pública (-2,3%). Dentre as atividades de maior peso no setor, apenas aluguel (2,6%) teve aumento na taxa em comparação ao primeiro semestre de 2015.