A produção industrial da Bahia, descontados os efeitos sazonais, cresceu 11,6% em junho frente ao mês anterior, recuperando parte das perdas registradas em maio, quando havia caído 14,9%, sob efeito da greve dos caminhoneiros. Ainda assim, o desempenho da produção industrial nessa comparação ficou aquém da média nacional (13,1%).
Frente a maio, a produção industrial cresceu em 13 das 15 áreas investigadas pelo IBGE. As maiores altas ocorreram no Paraná (28,4%), Mato Grosso (25,6%) e Goiás (20,8%). Houve quedas no Espírito Santo (-2,0%) e no Amazonas (-1,1%). Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, divulgada hoje pelo IBGE.
Frente a junho de 2017, a produção industrial baiana também avançou (9,0%), apresentando o quarto maior crescimento entre as 15 áreas e bem acima da média nacional (3,5%). Nessa comparação, a produção industrial cresceu em 11 das 15 regiões, e os destaques positivos, acima da Bahia, foram Pará (13,3%), Pernambuco (10,0%) e Paraná (9,7%) .
Apesar de ter reduzido seu dinamismo entre o 1º e o 2º trimestres de 2018, de um aumento de 1,3% para uma queda de -0,5%, a produção industrial baiana fechou o primeiro semestre do ano com uma variação positiva (0,4%). Ainda assim, bem abaixo do desempenho nacional (2,3%) e o segundo menor crescimento entre os locais investigados.
Já no acumulado nos 12 meses encerrados em junho, a produção industrial baiana cresceu 1,8% e teve o maior aumento de ritmo entre as regiões, frente ao acumulado nos 12 meses encerrados em maio (0,2%). Se mantém, porém, com um desempenho inferior à média nacional (3,2%).
Produção aumenta em 6 das 11 atividades industriais pesquisadas
O crescimento de 9,0% na produção industrial da Bahia, na comparação com junho de 2017, foi resultado de desempenhos positivos na indústria extrativa (0,7%) e, sobretudo, na indústria de transformação (9,5%), com avanço da atividade fabril em 6 das 11 atividades pesquisadas separadamente no estado.
O principal impacto positivo veio da fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, que avançou 89,8%, com forte influência da produção de automóveis. A atividade havia sofrido um importante recuo em maio (-33,7%), mas retomou, em junho, a trajetória de crescimentos seguidos iniciada em julho de 2017 e já acumula em 2018 um crescimento de 22,1%.
A segunda influência imais importante para o desempenho da indústria baiana em junho veio do setor de Metalurgia (+44,6%). Outra atividade que teve forte crescimento -ainda que pese pouco na estrutura industrial da Bahia – foi a fabricação de Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e outros (122,3%).
Por outro lado, com recuos importantes em junho, a fabricação de Outros Produtos Químicos (-15,5%) e a Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-13,0%) foram as principais influências negativas na produção industrial da Bahia.