O segundo prognóstico para a safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas (também chamados de grãos) em 2019 estima uma produção de 231,1 milhões de toneladas, 1,7% acima da que deve ser colhida em 2018, com uma área a ser colhida prevista de 62,0 milhões de hectares, 1,9% maior. Houve aumento de cerca de 4,4 milhões de toneladas (+1,9%) em relação ao primeiro prognóstico, divulgado em novembro, quando se previa, para 2019, uma safra nacional de grãos de 226,7 milhões de toneladas, 0,2% menor que a de 2018. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado hoje (11/12/18) pelo IBGE.
Esse crescimento deve-se, principalmente, às maiores estimativas de produções do milho 2ª safra (+9,3%, chegando a 61,2 milhões de toneladas) e algodão (+5,5%, chegando a 5,2 milhões de toneladas). Houve declínio, porém, nas estimativas de produção para a soja (-0,2%, indo a 117,7 milhões de toneladas), arroz (-4,5%, com produção estimada em 11,2 milhões de toneladas) e feijão 1ª safra (-8,0%, chegando a 1,4 milhão de toneladas).
O segundo prognóstico não traz dados consolidados da safra 2019 por estado, apenas informações sobre alguns produtos. Para a Bahia, estimou uma queda ainda maior na produção de soja, que deverá totalizar 4,9 milhões de toneladas no próximo ano, ficando 20,8% menor que a safra recorde de 2018 (de 6,2 milhões de toneladas). O primeiro prognóstico para 2019, divulgado em novembro, indicava recuo de 15,7% na safra baiana de soja do próximo ano.
A redução prevista da safra de soja no estado se deve à estimativa de queda (-22,8%) no rendimento médio da cultura, em 2019. Confirmando-se o prognóstico, a Bahia deverá ter, dentre os principais estados produtores de soja, a maior retração percentual na safra do grão, entre 2018 e 2019.
Em novembro, estimativa consolida safra recorde, em 2018, na Bahia
Entre outubro e novembro, não houve revisão na estimativa para a safra baiana de grãos em 2018, que deve totalizar, neste ano, 9.328.019 toneladas, 15,5% maior do que a safra 2017 (8.078.077 toneladas) e um recorde para o estado.
Com isso, a Bahia deve fechar 2018 como sétimo maior produtor de grãos do país, superando, ainda que por pouco, São Paulo (que deve ter uma produção de 9.294.916 toneladas) e respondendo por 4,1% da safra nacional. Mato Grosso deverá continuar na liderança da produção brasileira de grãos, com uma participação de 26,8%, seguido pelo Paraná (15,4%) e Rio Grande do Sul (14,8%).
As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.
14 das 26 safras de produtos investigados na Bahia devem ser maiores
Com o resultado consolidado, a estimativa é que, em 2018, 14 das 26 lavouras investigadas na Bahia tenham crescimento. Os maiores ganhos, em termos absolutos, devem ser nas safras de cana-de-açúcar (+1,4 milhão de toneladas), soja (+1,1 milhão de toneladas), milho 1ª safra (+446 mil toneladas) e algodão herbáceo (+414 mil toneladas).
Por outro lado, as safras baianas com maiores estimativas de queda, em toneladas, são as de mandioca (-551,1 mil toneladas), milho 2ª safra (-469,8 mil toneladas) e banana (-247 mil toneladas).