Os produtores rurais baianos, por meio da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), iniciaram a pavimentação de mais uma estrada na região agrícola do Oeste da Bahia. Com o apoio da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), por meio do Prodeagro, Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães, e produtores do trecho, serão investidos R$ 12 milhões para asfaltar 31 Km e requalificar outros 14 Km da Linha Timbaúba, em Luís Eduardo Magalhães. Com previsão de ser concluída até setembro deste ano, a obra vai beneficiar cerca de 300 famílias que dependem diretamente da estrada, e vai impulsionar a economia de uma área que abrange 50 mil hectares que produzem soja, algodão e milho no Oeste da Bahia.
Durante visita ao trecho, na última quita-feira, o presidente da Associação dos Produtores da Linha Timbaúba, Fernando Burin, disse que esta intervenção vai mudar significativamente a realidade e a vida das pessoas que precisam passar pelo trecho e circular mercadorias, insumos e a própria safra agrícola. “Estamos nessa luta há quase dez anos, e finalmente com a união dos produtores e do município, conseguimos concluir a pavimentação”, comemora.
Para o presidente da Aiba, Celestino Zanella, este empreendimento demonstra o engajamento e o papel de liderança dos agricultores no investimento do seu negócio, independente das condições. “As terras vão se valorizar, conseguiremos transportar os insumos com mais agilidade e segurança, com redução do frete e mais rentabilidade para o agricultor da região”, reforça.
Acompanhado da deputada estadual, Jusmari Oliveira, que também conheceu o canteiro com máquinas e equipamentos em operação, o prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Oziel Oliveira, parabenizou mais uma vez a união dos produtores do trecho e reforça a parceria do município para a execução de mais esta obra. “Somos parceiros dos produtores rurais, que vem gerando desenvolvimento e renda para o nosso município. Estamos mais uma vez possibilitando não somente a recuperação, mas a pavimentação desta importante estrada para a agricultura de Luís Eduardo Magalhães”, reforça.
Patrulha Mecanizada da Abapa
O serviço será executado pelo programa Patrulha Mecanizada da Abapa que trabalhou ao longo do ano no levantamento do leito da estrada, tratamento de base sub-base e cascalhamento, deixando a estrada pronta para receber o asfalto. O trecho receberá Tratamento Superficial Duplo (TSD), com capa selante e micro revestimento.
“Este tipo de asfalto TSD é a camada de revestimento do pavimento constituída por duas aplicações de ligante asfáltico, cada uma coberta por camada de agregado mineral e submetida à compressão, o que resulta em durabilidade, uma solução definitiva para o trecho”, reforça o coordenador da Patrulha Mecanizada da Abapa, David Tavares, sobre a qualidade da obra. A entidade realizou investimentos na aquisição de maquinários de última geração em pavimentação, sendo este o primeiro empreendimento que será executado pelo próprio programa na aplicação do asfalto.
Além de recuperar cerca de 500 quilômetros de estradas no ano passado, o programa da Abapa investiu na pavimentação asfáltica de um trecho de 40 km da rodovia Rio Grande; e de 33 km da Estrada da Soja, ambas em São Desidério. O presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato, explica que os produtores rurais vêm trabalhando de forma estratégica para a pavimentação das estradas vicinais. “Estamos nos reunindo junto com outros produtores e com apoio em todas as frentes, incluindo junto ao poder público municipal e estadual, para garantir os recursos necessários para pavimentar, com asfalto de qualidade, as estradas vicinais. Essa obra vai trazer uma transformação fundamental na vida das pessoas que precisam desta estrada levando mais qualidade de vida, proporcionando mais desenvolvimento socioeconômico na região”, afirma.
Balanço
Criado e executado desde 2013, o Patrulha Mecanizada já recuperou cerca de 2,5 mil quilômetros de estradas, além de proteger os recursos hídricos, com a criação de 7 mil bacias de captação de água, 300 terraços e desvios laterais, evitando a erosão e o soterramento de nascentes, córregos e rios da região. Desde a criação do programa, foram investidos aproximadamente R$ 30 milhões para a aquisição de máquinas, manutenção e custeio das operações do programa, com recursos dos agricultores baianos, por meio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), Prodeagro, Fundeagro, parceria com os municípios e apoio dos próprios produtores.