O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, ficou em 0,26%, em novembro, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Com esse resultado, a RMS apresentou desaceleração no aumento médio de preços, já que o índice em outubro havia sido de 0,61%.
A inflação de novembro na RMS (0,26%) foi menos intensa do que a verificada no país como um todo (0,41%) e o 6º menor índice, dentre as 16 regiões investigadas separadamente. No mês, todas elas tiveram aumentos médios nos preços, com os maiores sendo registrados em Brasília/DF (1,03%), Goiânia/GO (0,95%) e na RM Belo Horizonte/MG (0,54%).
No acumulado no ano de 2022, o IPCA na RMS seguiu acelerando (aumentando mais do que no mês anterior), ficando em 5,88% (frente a 5,61% até outubro). O índice está acima do nacional (5,13%) e é o terceiro maior do país, abaixo apenas das RMs de Rio de Janeiro/RJ (6,30%) e São Paulo/SP (5,95%).
Nos 12 meses encerrados em novembro, porém, a RMS apresentou a sua quinta desaceleração seguida, ficando em 6,97% (havia sido de 8,21% nos 12 meses encerrados em outubro). Apesar de continuar acima do indicador nacional (5,90%), deixou de ser a mais elevada do país, ficando atrás do índice da RM Rio de Janeiro/RJ (7,04%).
Gasolina
Em novembro, a inflação medida pelo IPCA na Região Metropolitana de Salvador (0,26%) foi fruto de aumentos nos preços médios de quatro dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o índice. Os dois grupos que mais colaboraram para o aumento do custo de vida em novembro, na RMS, foram transportes (1,02%) e alimentação e bebidas (0,48%).
A inflação do grupo transportes acelerou frente a outubro, quando havia sido de 0,64%. O aumento de preços se deu, principalmente, por conta da alta dos combustíveis (2,93%), em especial, da gasolina (3,37%), que foi o item que exerceu a maior pressão inflacionária no mês na RMS.
Além disso, o aluguel de veículo (12,30%) foi o item com o maior aumento absoluto de preços dentre todos que compõem o IPCA na Região Metropolitana de Salvador.
Já o grupo alimentação e bebidas apresenta aumentos gerais de preços na RMS há 27 meses seguidos, com a última deflação tendo ocorrido em agosto de 2020. O aumento de preços do grupo em novembro foi puxado pela alta dos tubérculos, raízes e legumes (5,90%), em especial, da cebola (12,14%) e do tomate (11,21%).
Apesar do aumento geral, o grupo também tem os dois itens que tiveram as maiores quedas absolutas na região: a manga (-10,56%) e o leite longa vida (-7,07%), que também foi o 2º item mais importante para segurar a inflação da RMS.
Por outro lado, 5 dos 9 grupos apresentaram queda geral de preços na RMS em novembro, com saúde e cuidados pessoais (-0,43%) e artigos de residência (-0,46%) sendo os mais influentes.
No mês, o grupo saúde e cuidados pessoais apresentou sua primeira deflação na RMS após 11 aumentos consecutivos. O perfume (-6,97%) foi o item que mais ajudou a segurar a inflação na RM Salvador. Entretanto, apesar da queda geral do grupo, o aumento do preço do plano de saúde (1,21%) foi o 2º mais influente para o IPCA da região.
Já em relação aos artigos de residência, a queda de preços do grupo foi influenciada, principalmente, pelos aparelhos eletroeletrônicos (-1,53%), em especial, pelo computador pessoal (-4,31%) e pelo televisor (-1,90%).