As vendas do varejo na Bahia, em janeiro, cresceram 6,2%, sustentando uma segunda alta consecutiva e mostrando importante aceleração frente a dezembro/23, quando haviam aumentado 0,5%, na série livre de influências sazonais (que desconsidera os efeitos de eventos recorrentes, como o Natal). Também na comparação de janeiro/24 com janeiro/23, o resultado das vendas do varejo no estado foi positivo (11,8%), mostrando o 15º crescimento consecutivo frente ao mesmo mês do ano anterior (em alta desde novembro/22). Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE.
Foi o 3º aumento mais expressivo das vendas entre os estados, menor apenas do que os registrados no Amapá (16,8%) e em Mato Grosso (11,9%), e significativamente superior ao nacional (4,1%). Só Paraíba (-2,3%) e Espírito Santo (-0,7%) tiveram recuos nessa comparação. Com esse resultado (11,8%), o comércio varejista da Bahia teve, em 2024, o seu melhor janeiro, em termos de avanço das vendas, em 14 anos, desde a alta de 13,0% registrada em janeiro de 2010.
Nos 12 meses encerrados em janeiro, as vendas do varejo baiano acumulam alta de 5,5%, também acima do indicador nacional (1,8%) e o 4º avanço mais expressivo entre as 27 unidades da Federação, só abaixo dos acumulados em Tocantins (11,3%), Maranhão (9,7%) e Ceará (8,2%).
Supermercados e combustíveis
Em janeiro, na Bahia, 7 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis, material de construção e atacado de alimentos) registraram aumentos nas vendas, frente ao mesmo mês de 2023. O único segmento em queda, no estado, foi o de livros, jornais, revistas e papelaria (-33,3%), que mostrou seu 12º resultado negativo consecutivo, recuando mês a mês desde fevereiro de 2023.
As vendas de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação foram as que mais cresceram (102,0%), mostrando seu melhor resultado para um janeiro em toda a série histórica da PMC, iniciada em 2005 para esse segmento. A atividade pesa pouco na estrutura do varejo baiano, mas, devido à magnitude do aumento registrado, deu a terceira mais importante contribuição positiva para o resultado geral do comércio no mês.
Já as vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo mostraram o segundo aumento mais expressivo (16,8%) e foram as que mais contribuíram para o avanço do varejo, na Bahia, em janeiro. O segmento mostrou o oitavo crescimento consecutivo e o maior para um mês de janeiro em 17 anos, desde 2007, quando havia avançado 19,7%.
As vendas de combustíveis e lubrificantes também registraram crescimento de dois dígitos (11,3%) e deram a segunda contribuição mais significativa para o bom desempenho geral do varejo na Bahia, em janeiro. Foi o quarto avanço mensal seguido do segmento (cresce desde outubro/23), mas ficou abaixo do verificado em janeiro de 2023 (16,6%).
Vendas do varejo ampliado
Em janeiro de 2024, as vendas do comércio varejista ampliado baiano também mostraram resultados positivos em todas as comparações. Cresceram 2,5% frente a dezembro/23, na série livre de influências sazonais, e 11,1% na comparação com janeiro de 2023, mostrando o melhor resultado para o mês em 14 anos, desde os 13,2% de janeiro de 2010.
Em ambos os confrontos, os resultados das vendas do varejo ampliado no estado superaram os nacionais (2,4% e 6,8%, respectivamente). Frente a dezembro, a Bahia teve apenas a 16ª maior alta, mas, em relação a janeiro/23, ficou na 5ª posição, entre os 27 estados.
Nos 12 meses encerrados em janeiro, as vendas do varejo ampliado na Bahia acumulam crescimento de 4,1%, acima do verificado no Brasil como um todo (2,9%) e o 6o maior entre as unidades da Federação.
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (“atacarejos”), para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado. No confronto com janeiro de 2023, os três segmentos tiveram altas.
As vendas de materiais de construção tiveram o aumento mais expressivo (19,9%), num oitavo avanço consecutivo e o maior crescimento para um mês de janeiro nos 19 anos de série histórica para o segmento (iniciada em 2005).
O segmento de veículos teve alta de 12,7%, a quinta seguida. Já as vendas do atacado de alimentos cresceram 5,1%, num terceiro resultado positivo consecutivo, mas ainda mostram queda no acumulado em 12 meses (-4,6%).
Leia também: Com R$482 milhões em dívidas, Subway pede recuperação judicial