As vendas do varejo na Bahia, em março, cresceram 0,7% em relação ao mês anterior (fevereiro), na comparação com ajuste sazonal. A alta ocorreu após o resultado negativo apresentado na passagem de janeiro para fevereiro (-0,6%). Mesmo com o crescimento, o volume de vendas na Bahia seguiu abaixo (-3,4%) do patamar registrado em fevereiro de 2020, antes da pandemia de Covid-19. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE. O volume de vendas do comércio varejista do estado também cresceu (6,1%) na comparação de março/23 com março/22. Foi o quinto resultado positivo consecutivo desse indicador.
O resultado registrado nessa comparação foi o melhor para um mês de março na Bahia em 11 anos, desde 2012 (13,7%).
O crescimento da Bahia ficou acima do nacional (3,2%), num cenário de altas em 25 das 27 unidades da Federação. O varejo baiano teve, nessa comparação, o 11º melhor resultado do país.
As maiores taxas foram apresentadas em Tocantins (13,8%), Alagoas (12,8%) e Ceará (10,6%). O Distrito Federal foi a única unidade da Federação a registrar queda (-1,7%), com o Rio de Janeiro se mantendo estável (0,0%).
Com o desempenho positivo de março/23, o varejo baiano apresenta crescimento (3,6%) no acumulado no primeiro trimestre do ano. O resultado é superior ao nacional (2,4%). 23 das 27 unidades da Federação têm alta, lideradas por Tocantins (12,9%), Maranhão (10,5%) e Roraima (9,3%).
Já no acumulado nos 12 meses encerrados em março, o varejo baiano apresenta a 4ª maior queda do país (-2,1%), acima apenas de Rio de Janeiro (-3,5%), Pernambuco (-3,0%) e Rondônia (-2,6%). No Brasil como um todo, o indicador tem crescimento de 1,2%, com avanços em 20 dos 27 estados, liderados por Paraíba (16,2%), Roraima (10,5%) e Alagoas (8,8%).
Atividades
Em março/23, na Bahia, 5 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis, material de construção e atacado de alimentos) tiveram aumento no volume de vendas, frente ao mesmo mês de 2022.
Os maiores crescimentos, em relevância para o resultado geral do estado, vieram dos segmentos de combustíveis e lubrificantes (24,4%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,1%).
Os combustíveis apresentaram seu 8º resultado positivo consecutivo nas vendas e foram a principal influência para o crescimento geral do varejo do estado. Já as vendas dos supermercados voltaram a crescer após resultado negativo em fevereiro (-1,8%).
Porém, o maior crescimento do estado, em termos de magnitude da taxa, foi registrado nas vendas de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (44,2%), que têm um peso menor na estrutura do varejo baiano. O segmento cresce seguidamente há 6 meses e tem o maior aumento acumulado no primeiro trimestre, no estado (39,4%).
Na Bahia, também apresentaram aumento nas vendas, em março, os segmentos de tecidos, vestuário e calçados (12,5%) e móveis e eletrodomésticos (0,4%).
Por outro lado, a atividade que mais ajudou a frear o crescimento geral do varejo baiano em março foi a de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-16,9%), que cai seguidamente há 12 meses e teve a maior queda do estado no mês.
Outros dois segmentos também registraram resultados negativos no mês: livros, jornais, revistas e papelaria (-8,8%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,2%).
Vendas do varejo ampliado na BA crescem tanto de fevereiro para março (2,0%), quanto frente a março/22 (10,9%)
Em março/23, o volume de vendas do comércio varejista ampliado baiano avançou 2,0% frente a fevereiro/23, na série livre de influências sazonais. Foi um resultado abaixo do nacional (3,6%) e apenas o 15º melhor entre os 27 estados. Os maiores índices foram registrados em Tocantins (22,3%), São Paulo (14,1%) e Paraná (8,9%).
Na comparação com março de 2022, as vendas do varejo ampliado na Bahia mostraram forte aumento (10,9%), em um resultado superior ao do Brasil como um todo (8,8%).
Neste indicador, o varejo ampliado baiano teve o seu melhor resultado para um mês de março desde 2012 (14,5%).
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças, material de construção e, a partir de janeiro de 2023, do atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.
No confronto com março de 2022, o crescimento do varejo ampliado baiano se deu pelo aumento das vendas de todos os três segmentos: dos veículos (7,6%), do material de construção (3,5%) e do atacado de alimentos (28,1%).
As vendas dos veículos voltaram a apresentar crescimento em março, após 11 meses em queda. O material de construção também voltou a ter alta nas vendas após resultado negativo em fevereiro (-3,9%).
No acumulado no primeiro trimestre do ano, as vendas do varejo ampliado na Bahia apresentaram crescimento (2,8%). Nacionalmente, o índice foi de 3,3%. Já nos 12 meses encerrados em março/23, as vendas do varejo ampliado no estado acumularam queda de 6,6%, em um resultado abaixo do nacional (-0,2%) e o 2º pior entre os estados, só acima de Pernambuco (-11,2%).