As vendas do varejo na Bahia cresceram 0,9%, em abril, em relação ao mês anterior (março), na comparação com ajuste sazonal. Este foi o segundo resultado positivo seguido do setor no estado, que já havia apresentado alta de 0,7% na passagem de fevereiro para março. Mesmo com o crescimento, o volume de vendas na Bahia seguiu abaixo (-2,4%) do patamar registrado em fevereiro de 2020, antes da pandemia. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE. O volume de vendas do comércio varejista do estado também cresceu (4,2%) na comparação de abril/23 com abril/22. Foi o sexto resultado positivo consecutivo desse indicador.
O crescimento da Bahia ficou acima do nacional (0,5%), num cenário de altas em 17 das 27 unidades da Federação. O varejo baiano teve, nessa comparação, o 12º melhor resultado do país.
As maiores taxas foram apresentadas em Tocantins (12,2%), Roraima (10,7%) e Alagoas (8,7%). Por outro lados, as maiores quedas ocorreram no Rio Grande do Norte (-7,1%), Rio Grande do Sul (-2,4%) e Goiás (-2,3%).
Com o desempenho positivo de abril/23, o varejo baiano apresenta crescimento (3,8%) no acumulado nos primeiros quatro meses do ano. O resultado é superior ao nacional (1,9%). 21 das 27 unidades da Federação têm alta, lideradas por Tocantins (12,4%), Roraima (9,7%) e Maranhão (9,0%).
Já no acumulado nos 12 meses encerrados em abril, o varejo baiano apresenta a 4ª maior queda do país (-1,4%), acima apenas de Rio de Janeiro (-3,5%), Rondônia (-3,4%) e Pernambuco (-2,1%). No Brasil como um todo, o indicador tem crescimento de 0,9%, com avanços em 20 dos 27 estados, liderados por Paraíba (16,4%), Roraima (10,6%) e Alagoas (8,4%).
Atividades
Em abril/23, na Bahia, 5 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis, material de construção e atacado de alimentos) tiveram aumento no volume de vendas, frente ao mesmo mês de 2022. Os maiores crescimentos, em relevância para o resultado geral do estado, vieram dos segmentos de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,4%) e combustíveis e lubrificantes (12,6%).
Apesar de terem apresentado apenas o 4º maior aumento do estado no mês, o segmento dos supermercados tem a maior relevância na composição do varejo baiano, e por isso, deu a maior contribuição para o crescimento do setor em abril. Foi o 2º resultado positivo consecutivo da atividade.
Já os combustíveis, que apresentaram seu 9º crescimento seguido, tiveram a maior alta, em termos de magnitude da taxa, e deram a 2ª principal contribuição para o resultado positivo geral do varejo baiano em abril.
No mês, também apresentaram aumento nas vendas, frente a abril/22, os segmentos de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,6%), móveis e eletrodomésticos (1,4%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (11,7%).
Por outro lado, as atividades que mais ajudaram a frear o crescimento geral do varejo baiano em abril foram a de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-23,1%), que cai seguidamente há 13 meses e teve a maior queda do estado no mês, e tecidos, vestuário e calçados (-16,7%), que voltou a apresentar retração após 3 crescimentos seguidos. O segmento de livros, jornais, revistas e papelaria (-2,0%) também registrou queda em abril.
Vendas do varejo ampliado
Em abril/23, o volume de vendas do comércio varejista ampliado baiano avançou 4,8% frente a março/23, na série livre de influências sazonais. Foi o melhor resultado do país no mês, ficando muito acima do índice nacional, que registrou queda (-1,6%).
Na comparação com abril de 2022, as vendas do varejo ampliado na Bahia mostraram forte aumento (11,4%), superior ao do Brasil como um todo (3,1%) e o 3º melhor resultado do país, abaixo apenas de Tocantins (24,6%) e Acre (15,7%).
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças, material de construção e, a partir de janeiro de 2023, do atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.
No confronto com abril de 2022, o crescimento do varejo ampliado baiano se deu exclusivamente pelo aumento das vendas do atacado de alimentos (51,9%), já que os veículos (-10,4%) e o material de construção (-6,9%) voltraram a registrar queda após resultado positivo em março.
No acumulado nos primeiros quatro meses do ano, as vendas do varejo ampliado na Bahia apresentaram crescimento (4,9%). Nacionalmente, o índice foi de 3,3%. Porém, nos 12 meses encerrados em abril/23, as vendas do varejo ampliado no estado acumularam queda de 5,3%, em um resultado abaixo do nacional (0,0%) e o 2º pior entre os estados, só acima de Pernambuco (-10,5%).