A XP colocou a recomendação para os ativos das Americanas (AMER3) “sob revisão” dada a falta de visibilidade sobre o que de fato aconteceu e os impactos efetivos a serem observados nas demonstrações financeiras da companhia. Nesta quarta-feira (11) à noite, a verejista informou um rombo de R$20 bilhões (https://badevalor.com.br/presidente-encontra-rombo-de-r20-bi-nas-contas-das-americanas-e-renuncia/) nas contas da empresa. Na visão da XP, o fato relevante das Americanas traz diversos riscos, dentre eles a renúncia do CEO Sérgio Rial.
“Em nossa visão, o executivo era um pilar importante para sustentar o processo de transformação da companhia, devido a seu histórico de execução, gestão focada na redução de custos e credibilidade com o mercado. Sua saída pode ser vista pelos investidores como um alerta de mais riscos à frente”, afirmam os especialistas da XP.
Apesar de a companhia destacar que espera que os impactos em caixa sejam imateriais, a XP acredita que o anúncio possa implicar três efeitos negativos: i) maior alavancagem, dado que o endividamento da Americanas pode aumentar dependendo dos ajustes em seu balanço patrimonial; ii) Maior custo de dívida, por conta da maior percepção de risco de crédito e liquidez; e iii) Deterioração do capital de giro, dado que a companhia poderá ter problemas em manter os dias de pagamento a fornecedores, por conta de seu ciclo de caixa pior.
Há ainda riscos de processos judiciais nos EUA, dado que a companhia possui ADRs negociadas no país, como observado em casos semelhantes onde os acionistas minoritários foram prejudicados por decisões dos executivos. “Mantemos nossa visão cautelosa com o segmento por conta da menor renda disponível, aumento das taxas de juros e competição mais acirrada”, afirma a XP.
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