O consumo das classes C e D na Bahia teve um recuou em fevereiro de 2,4% em relação a janeiro. O percentual foi bastante próximo da média do país, que ficou, nesse período, em -3%, segundo os dados da Pesquisa de Hábitos de Consumo da Superdigital, fintech do Grupo Santander focada em inclusão econômica.
O consumo na Bahia apresentou uma expressiva alta no setor de automóveis e veículos (96%), seguido por companhias aéreas (27%), diversão e entretenimento (9%), serviços (4%) e lojas de roupas (1%). Porém, não foi suficiente para fechar o mês de fevereiro positivo devido ao recuo de gastos com hotéis e motéis (-15%), rede online (-11%), drogaria/farmácia (-8%), prestadores de serviços (-6%), combustível (-6%) e transporte (-4%).
Na pesquisa, todas as regiões do Brasil mostraram queda no consumo, com o Norte impactando mais no resultado (-12%). Nas demais regiões, o Centro-Oeste fechou com redução de 9,3% no consumo, seguido do Sul, com 5,8% de queda, Nordeste, com retração de 5,5% e Sudeste, que viu seu consumo recuar 2%.
Luciana Godoy, CEO da Superdigital Brasil, afirma que o consumo foi impactado por ajustes que as famílias estão fazendo em seus orçamentos no início do ano. “As classes C e D sentem mais os efeitos das grandes contas do início do ano, como IPTU, IPVA, material escolar e pagamento de compras parceladas feitas para as festas. Além disso, com o aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis, o orçamento mensal fica sobrecarregado”, afirma a executiva.
Os setores que mostraram quedas mais significativa no consumo foram diversão e entretenimento (-15%), drogaria e farmácia (-9%,) hotéis e motéis (-8%), rede online (-6%), serviços (-3%) e supermercado (-3%). Já o setor que se destacou com uma alta relevante no consumo foi o de companhias aéreas, que subiu 16%. Lojas de roupas, automóveis e veículos e telecomunicações também cresceram, 1% cada. “Não podemos esquecer que registramos um consumo bastante relevante dessa fatia da população em dezembro de 2021 e é natural que agora ocorra um ajuste de orçamento”, completa Luciana.
O levantamento mostrou também que o principal gasto no orçamento continua sendo com supermercado (37%), seguido de restaurantes (13%), lojas de artigos diversos (11%) e combustível (7%). Outro dado da pesquisa mostrou que 87% dos gastos totais foram feitos presencialmente, o que representa um ponto percentual a mais se comparado a janeiro.
Em relação ao ticket médio, houve queda significativa nos setores de diversão e entretenimento (-9%), hotéis e motéis (-8%), rede online (-6%), drogaria e farmácia (-4%), restaurante (-3%) e serviços (-3%). Contudo, subiu o ticket médio gasto com companhias aéreas (9%) e Ttelecomunicações (2%).
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