A produção da indústria de transformação baiana cresceu 2,8% no acumulado dos dois primeiros meses deste ano, enquanto a indústria nacional caiu 6,1%. O dado é da nota PIM-PF, elaborada pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), que também aponta expectativa de crescimento da indústria de transformação na Bahia em 2022, sobre a base deprimida de 2021.
Já no acumulado de 12 meses, o estado registrou queda de 10,7% na produção da indústria de transformação, em fevereiro deste ano. Com o resultado, a Bahia ocupou a última posição no ranking dos 14 estados que participam do estudo Produção Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF).
“Os dois primeiros meses de 2022 estão sendo de crescimento, com destaque para o bom desempenho da refinaria de Mataripe. A principal razão para a queda registrada ao fazermos a comparação dos últimos 12 meses é a saída Ford, que impactou fortemente a nossa indústria no ano passado”, explica o gerente de Estudos Técnicos da Fieb, Ricardo Kawabe.
Em fevereiro, dos dez segmentos analisados pela pesquisa, seis apresentaram queda na Bahia. São eles: metalurgia (-45,6%), bebidas (-24,0%), borracha e plástico (-16,0%), celulose e papel (-6,6%) e couro e calçados (-5,6%).
Em movimento oposto, apresentaram crescimento os segmentos de equipamentos de informática (45,1%), refino de petróleo e biocombustíveis (30,9%), minerais não metálicos (7,0%), alimentos (5,8%) e produtos químicos (3,7%).
A Nota PIM-PF também mostra que, no acumulado de 12 meses, a indústria de transformação brasileira apresentou crescimento de 3%. Além da Bahia, outros quatro estados registraram resultado negativo: Ceará (-0,8%), Pernambuco (-2,0%), Goiás (-3,9%) e Pará (-16,1%). Já os que apresentaram maior crescimento foram Espírito Santo (15,9%), Amazonas (9,4%), Rio de Janeiro (8,6%) e Paraná (7,5%).