A Engie Brasil Energia registrou Ebitda ajustado de R$ 1,89 bilhão, no segundo trimestre do ano, 23,8% a mais em relação ao mesmo período do ano passado, e lucro líquido ajustado alcançou R$ 514 milhões no trimestre, 20,4% acima do ano anterior, fruto da gestão eficiente do portifólio de energia e da estratégia de crescimento contínuo da Companhia. No período, foi reconhecido impairment de R$ 180 milhões, em decorrência dos avanços no processo de venda da UTE Pampa Sul.
Os resultados foram positivamente impactados pelos aumentos de 6,9% do preço médio dos contratos de venda de energia, de R$ 219,52/MWh, e de 7,9% no volume de energia comercializada, de 9.556 GWh (4.376 MW médios), sem considerar as operações de trading, em relação ao 2T21. Também colaboraram para os resultados o aumento de contribuição do segmento de transmissão de energia, o melhor resultado nas transações realizadas no mercado de curto prazo, a maior remuneração dos ativos financeiros de concessão, entre outros fatores.
“A Companhia demonstra sua capacidade de entrega em alto patamar de excelência, tanto nos projetos em implantação, quanto na gestão do portfólio em operação. O nosso desempenho ao longo dos anos comprova a importância da execução da nossa estratégia de crescimento baseada em renováveis e infraestrutura de transmissão, o que garante resiliência ao nosso portfólio de negócios”, comenta Eduardo Sattamini, Diretor Presidente e de Relações com Investidores da Engie Brasil Energia. “Nossos altos níveis de governança, disciplina financeira e respeito às pessoas e ao planeta, nos assegura a necessária confiança para continuarmos crescendo em longo prazo”, finaliza.
A previsão de investimentos da Companhia para 2022 é de R$ 3,9 bilhões, sendo que no primeiro semestre foram injetados R$ 1,5 bilhão. A posição de caixa, na ordem de R$ 4,3 bilhões e a relação dívida líquida/Ebitda de 2,1x, mantêm a ENGIE em condição financeira confortável, em linha com a disciplina financeira necessária para o crescimento projetado.
Avanço nos Sistemas de Transmissão
No último trimestre, ocorreu a transferência formal do Sistema de Transmissão Gralha Azul para a fase operacional a partir da energização da Subestação Castro, que possibilitou alcançar 94% da RAP (Receita Anual Permitida). Com avanço geral de 99,9% nas obras, resta agora apenas a conexão da Subestação Irati – Ponta Grossa e suas linhas associadas, que estão sob responsabilidade de outros desenvolvedores, cuja conclusão ocorrerá em março de 2023.
Já a implantação do Projeto Novo Estado retomou ritmo intenso após a temporada de chuvas na região dos Estados do Pará e Tocantins e já soma 93% de avanço das obras e 49% da RAP. Ainda no setor de transmissão, em junho, a Engie Brasil Energia venceu o Lote 7 do Leilão de Transmissão da Aneel, complementar ao Projeto Novo Estado, que prevê a instalação de uma subestação e 1 km de linha de transmissão no Pará.
“Comprometidos com a sustentabilidade dos nossos negócios e a transição energética, continuamos fortalecendo a nossa presença no segmento de transmissão. O Lote 7 dispõe de sinergias relevantes com o Projeto Novo Estado, o que gera um potencial de redução do investimento e antecipação em ao menos 24 meses na operação comercial em relação aos prazos previstos”, destaca Sattamini.
Crescimento em eólica e solar
No segmento de geração, segue em implantação o Conjunto Eólico Santo Agostinho, no Rio Grande do Norte, que contará com 434 MW de capacidade instalada e que já registrou 19,5% de avanço de obras.
A Engie Brasil Energia também concluiu, em 21 de junho, a aquisição do projeto eólico Serra do Assuruá, a ser construído na Bahia, com capacidade instalada de cerca de 880 MW. A emissão do parecer de acesso, a assinatura do contrato de conexão ao grid e a obtenção de parte dos contratos fundiários permitem o avanço da implantação do ativo, com investimento estimado em cerca de R$ 6 bilhões.
A Companhia continua fortalecendo sua carteira de projetos em desenvolvimento avançado, totalizando 3,5 GW, considerando a inclusão do Conjunto Fotovoltaico Santo Agostinho (509 MW) na carteira, o qual fica localizado na mesma região do Conjunto Eólico Santo Agostinho.
Desempenho Operacional
No segundo trimestre, celebramos os volumes altos de água armazenada nos reservatórios das usinas hidrelétricas, o que é fundamental para a estabilidade do Sistema Elétrico Nacional. Nas usinas operadas pela Companhia, o índice de disponibilidade chegou a 89%, com produção de 3.982 MW médios nas hídricas, enquanto nas complementares o montante foi de 736 MW médios.
Destaca-se ainda a estreia da operação remota da Usina Hidrelétrica Itá, em 30 de maio, a partir do Centro de Operação da Geração (COG) da Engie, localizado em Florianópolis (SC). Com 1.450 MW de capacidade instalada, o empreendimento se une a outras 59 usinas já operadas remotamente pelo COG.
Dividendos
O Conselho de Administração aprovou a distribuição de R$ 578 milhões sob a forma de dividendos intercalares (R$ 0,7082542240/ação), equivalente a 55% do lucro líquido distribuível do primeiro semestre de 2022. As ações ficarão ex-dividendos a partir de 17 de agosto de 2022 e serão pagos em data a ser definida posteriormente pela Diretoria Executiva.