A Braskem, empresa do setor petroquímico do Grupo Novonor (antiga Odebrecht), está comemorando, neste mês de agosto, 20 anos de operação. Em duas décadas de atuação, a companhia se consolidou como a sexto maior grupo petroquímico do mundo na produção de resinas termoplásticas e líder nas Américas, com clientes em 71 países e receita líquida anual de quase US$20 bilhões. “Estamos completando 20 anos de história, cientes de que há muito trabalho a ser feito, mas com a certeza de que estamos no caminho certo para atingir os objetivos com os quais nos comprometemos com os acionistas e gerar o impacto positivo e transformador que buscamos ter na sociedade”, escreveu Roberto Simões, CEO da Braskem, no mais recente relatório integrado da empresa.

Com origem na Bahia, a Braskem foi criada em agosto de 2002 pela integração de seis empresas da Organização Odebrecht e do Grupo Mariani: Copene, OPP, Trikem, Proppet, Nitrocarbono e Polialden. Em seu primeiro ano de atuação, contava com 13 unidades industriais, escritórios e bases operacionais no Brasil, Estados Unidos e Argentina. A partir daí só fez ganhar musculatura a partir da implementação de um robusto plano de expansão, com a incorporação de antigos concorrentes ou então investimentos em novas plantas.
Em 2002, passou a ter as suas ações listadas na Bolsa de Madri (Espanha) e consagrou-se como a empresa mais valorizada da Bolsa de Nova York. Dois anos depois, em 2005, firmou parceria com a Petrobras para a construção de uma nova fábrica de polipropileno em Paulínia (SP). No ano seguinte, comprou a unidade da Politeno, em Camaçari.
Já em 2007, a empresa passou a fabricar, no Rio Grande do Sul, o polietileno verde (plástico verde) e voltou às compras: adquiriu os ativos químicos e petroquímicos do Grupo Ipiranga. Em 2010, comprou a Quattor. Um ano depois ficou com os ativos de polipropileno da Dow e com isso incorporou duas fábricas nos Estados Unidos e outras duas na Alemanha.
Há 10 anos, quando comemorou sua primeira década de existência, a empresa inaugurou uma nova planta de PVC, em Alagoas, e uma outra de butadieno no Polo de Triunfo (RS). Em 2016, abriu um complexo petroquímico no México, com capacidade de produção integrada de 1,05 milhão de toneladas de eteno e polietileno por ano. No ano seguinte, inaugurou sua nova planta de polietileno no estado do Texas, nos Estados Unidos.
A empresa foi investigada no âmbito da operação Lava Jato. Há três anos, a petroquímica fechou um acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União no valor de R$ 2,87 bilhões, a ser pago em parcelas até 2025. A empresa colaborou durante as investigações e apresentou um plano bem definido de compliance, que está sendo auditado pela CGU no prazo de vigência do acordo.
Estrutura atual
Com valor de mercado de US$8,2 bilhões, a Braskem é hoje uma empresa petroquímica global. Conta 40 unidades industriais, sendo 29 delas instaladas no Brasil, nos estados de Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, cinco nos Estados Unidos, duas na Alemanha e quatro no México. Juntas, elas têm capacidade anual de produção de 10,7 milhões de químicos e de 9,3 milhões de toneladas de resinas termoplásticas. São 8 mil funcionários, espalhados por 11 países.
Os principais acionistas da companhia são o grupo Novonor, com 38,3% das ações do capital total, e a Petrobras, que possui 36,1% das ações do capital total. Os 25,6% restantes estão distribuídos principalmente no mercado de ações da B3, na Bolsa de Valores de Nova York e na Latibex – seção latino-americana da Bolsa de Madri.
.