O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, teve desaceleração (aumentou menos do que no mês anterior) e ficou em 0,81% na Região Metropolitana de Salvador (RMS) em fevereiro. Em janeiro, o IPCA na RMS havia sido de 1,09%. A inflação registrada na RMS ficou levemente abaixo do resultado do Brasil como um todo no mês, que foi de 0,84%, sendo o 9º maior índice do país. Os maiores aumentos de preços em fevereiro ocorreram na RM Curitiba/PR (1,09%), na RM Recife/PE (0,99%), na Grande Vitória/ES (0,92%) e na RM São Paulo (0,92%).
Mesmo com essa desaceleração, no acumulado dos dois primeiros meses do ano, a inflação na RMS é a maior do país, com alta de 1,90%, enquanto que o índice nacional é de 1,37%.
Já nos 12 meses encerrados em fevereiro, a inflação na RMS acumula alta de 6,51%, apresentando leve queda em relação ao índice de janeiro, que havia sido de 6,53%. Ainda assim, é a segunda mais elevada do país, abaixo apenas do índice da RM São Paulo/SP (6,53%). Nacionalmente, o IPCA tem aumento acumulado de 5,60% no período.
Educação
A inflação de fevereiro na Região Metropolitana de Salvador (0,81%) foi resultado de altas em cinco dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA.O grupo educação (6,12%) teve o maior e mais relevante aumento de preços para o índice no mês. Foi o maior reajuste para o grupo na RMS desde fevereiro de 2017 (7,20%).
A principal influência para o aumento de preços da educação veio do ensino fundamental (11,25%), que foi o item que exerceu a maior pressão inflacionária no mês na RMS. A pré-escola (10,98%) e o ensino médio (9,78%) também apresentaram reajustes consideráveis de preço. O segundo aumento de preços mais relevante veio do grupo habitação (2,22%), influenciado pelas altas da taxa de água e esgoto (11,08%) e da energia elétrica residencial (2,66%).
Por outro lado, entre os quatro grupos que registraram deflação na RMS em fevereiro, os mais relevantes foram os transportes (-0,28%) e alimentação e bebidas (-0,21%). A queda de preços dos transportes na região foi influenciada, principalmente, pela passagem aérea (-12,00%), que foi o item que mais segurou a inflação na RMS em fevereiro. Além disso, os combustíveis (-1,02%) também registraram quedas consideráveis de preço, em especial, a gasolina (-0,80%) e o óleo diesel (-3,20%).
Em relação a alimentação, a queda de preço das carnes (-2,22%) foi a principal influência para a deflação geral do grupo. As aves e ovos (-1,84%) e o leite e derivados (-1,09%) também apresentaram reduções. A cebola (-16,23%) foi o item que apresentou a maior deflação no mês. Por outro lado, mesmo com a queda geral dos alimentos, a cenoura (15,26%) e o tomate (13,55%) foram os itens que registraram os maiores aumentos de preço em fevereiro na RM Salvador.