O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 0,50%, em agosto, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), voltando a apresentar alta após dois meses seguidos de deflação (-0,02% em junho e -0,20% em julho). A alta geral de preços da RMS foi a 2ª maior do país, ficando abaixo apenas da registrada na RM Fortaleza/CE (0,73%). Nacionalmente, o índice ficou em 0,28%, com apenas a RM de Belo Horizonte/MG (-0,18%) registrando deflação dentre os 11 locais pesquisados separadamente pelo IBGE.
O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 14 de julho e 14 de agosto de 2023. No acumulado de janeiro a agosto de 2023, o IPCA-15 da RM Salvador está em 3,51%, voltando a ficar acima do índice nacional (3,38%) e sendo o 6º maior dentre as 11 áreas pesquisadas.
Nos 12 meses encerrados em agosto, o IPCA-15 da RMS acumula alta de 4,38%, também acima do indicador nacional (4,24%) e o 5º maior índice do país.
Transportes
A prévia da inflação registrada pelo IPCA-15 de agosto na Região Metropolitana de Salvador (0,50%) foi resultado de alta nos preços médios de seis dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice.
Os preços dos transportes foram os que mais subiram (1,80%) e deram a maior contribuição para puxar o índice para cima. A principal influência veio dos combustíveis (8,18%), em especial, da gasolina (8,49%), que registrou o seu maior aumento mensal, segundo o IPCA-15, desde novembro/2021 (8,67%). Foi também o item que, individualmente, mais contribuiu para o aumento geral do índice.
Por outro lado, o grupo contou com a forte queda do valor da passagem aérea (-20,96%), item que registrou a maior deflação no mês e deu a maior contribuição para segurar o IPCA-15 da RMS em agosto.
A segunda maior alta veio do grupo saúde e cuidados pessoais (1,08%), que também teve a segunda principal influência no no aumento do índice da região, influenciada pela subida do preço dos produtos de higiene pessoal (1,70%), principalmente dos produtos para pele (12,10%), que foi o item com o maior aumento no mês.
O grupo habitação (0,86%) também registrou alta relevante, puxado pela energia elétrica residencial (3,50%). Por outro lado, o gás de botijão (-1,50%) registrou importante queda.
Já dentre os três grupos com deflação na RMS, segundo o IPCA-15 de agosto, alimentação e bebidas (-0,84) registrou a maior queda de preços e deu a maior contribuição para segurar o IPCA-15 da região no mês.
Apresentando a sua segunda deflação seguida, o grupo, que tem o maior peso no custo de vida das famílias na RM Salvador, foi influenciado pela queda dos preços das carnes (-2,05%), do leite e derivados (-2,22%) e dos panificados (-2,18%). Itens como o pão francês (-3,70%), a costela (-3,72%), o leite longa vida (-3,52%) e o feijão carioca (-10,87%) tiveram importantes reduções.
Os outros dois grupos com queda de preços na RMS em agosto foram comunicação (-0