Em outubro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 0,40% na Região Metropolitana de Salvador (RMS), voltando a apresentar alta após ter variado negativamente em setembro (-0,03%). Com isso, a RMS teve o 2º maior índice entre os 11 locais pesquisados separadamente pelo IBGE, abaixo apenas do município de Goiânia/GO (0,63%). O resultado registrado na RMS ficou acima do nacional, que foi de 0,21%.
Entre os locais pesquisados no IPCA-15, três registraram deflação em outubro: as RMs Fortaleza/CE (-0,28%), Belém/PA (-0,07%) e Recife/PE (-0,06%).
O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 15 de setembro e 13 de outubro de 2023.
No acumulado de janeiro a outubro de 2023, o IPCA-15 da RMS está em 3,89%, seguindo levemente abaixo do nacional (3,96%), e sendo apenas o 7º maior dentre as 11 áreas pesquisadas. Nos 12 meses encerrados em outubro, o índice acumula alta de 4,88% na RM Salvador, também abaixo do indicador nacional (5,05%) e somente o 8º maior índice do país.
Passagens aéreas
A prévia da inflação registrada pelo IPCA-15 de outubro na Região Metropolitana de Salvador (0,40%) foi resultado de aumentos nos preços médios em seis dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice.
A principal influência para o resultado veio do grupo transportes, que também apresentou o maior aumento (1,14%), puxado pelo transporte público (4,78%). As passagens aéreas (25,85%) foram o item com a maior alta, segundo o IPCA-15, e exerceram a maior pressão inflacionária na RMS, em outubro.
As despesas com habitação (0,76%) tiveram o terceiro maior aumento médio e exerceram a segunda principal influência para a alta geral de preços na RMS, em outubro. A taxa de água e esgoto (4,42%) e o gás de botijão (1,98%) puxaram para cima o IPCA-15 do grupo.
Por outro lado, o grupo que mais ajudou a frear a prévia da inflação da RM Salvador foi alimentação e bebidas (-0,11%), com queda média de preços pelo quarto mês consecutivo e apresentando importante redução no acumulado no ano (-1,16%).
O grupo, que tem o maior peso no custo de vida das famílias da RMS, foi influenciado novamente pela queda dos preços das carnes (-1,03%), em especial, da carne seca e de sol (-2,07%). O ovo de galinha (-4,74%), o café moído (-2,39%), o leite em pó (-1,66%) e o feijão carioca (-6,44%) também foram itens com importantes reduções de preço em outubro.
O outro grupo com queda geral de preços na RMS em outubro foi o de comunicação (-0,27%), influenciado, principalmente, pelo valor do aparelho telefônico (-1,55%).