As vendas do varejo na Bahia, em abril, registraram queda de 1,2% frente a março, retomando os resultados negativos, depois do avanço de 3,1% na passagem de fevereiro para março, na comparação livre de influências sazonais (que desconsidera os efeitos de eventos recorrentes, como Natal, Dia das Mães etc.). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, porém, , o resultado das vendas seguiu positivo (7,8%), mostrando o 18º crescimento consecutivo frente ao mesmo mês do ano anterior (segue em alta desde novembro/22).
Foi o 6º aumento mais expressivo das vendas entre os estados e acima do verificado nacionalmente (2,2%), num contexto em que 25 das 27 unidades da Federação apresentaram resultados positivos – houve queda nas vendas apenas em Santa Catarina (-1,2%) e Mato Grosso (-2,0%).
Com esse resultado, o comércio varejista da Bahia teve, de janeiro a abril de 2024, um crescimento acumulado de 10,5% nas vendas, frente ao mesmo período do ano anterior. O indicador se manteve como o 2º maior aumento acumulado entre os 27 estados, abaixo apenas do verificado no Amapá (16,6%), e foi o melhor para o varejo baiano, considerando o período de janeiro a abril, em 14 anos, desde 2010, quando as vendas haviam acumulado crescimento de 13,4%.
No Brasil como um todo, as vendas do comércio varejista cresceram 4,9% entre janeiro e abril de 2024, com altas em todas as unidades da Federação. Os dados são do IBGE.
Atividades
Em abril, na Bahia, 7 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis, material de construção e atacado de alimentos) registraram aumentos nas vendas, frente ao mesmo mês de 2023. Apenas o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria (-16,5%) teve resultado negativo, o 15º consecutivo, recuando mês a mês desde fevereiro de 2023.
O aumento mais expressivo, em abril, veio das vendas de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (24,7%). Mas foram os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,9%) que mais influenciaram positivamente o resultado geral do setor, pois têm o maior peso na estrutura do varejo restrito no estado. O segmento teve o 11o avanço consecutivo nas vendas.
A segunda principal influência no crescimento do varejo baiano em abril veio dos outros artigos de uso pessoal e doméstico (12,3%), que reúne lojas de departamentos e grandes varejistas on-line. A atividade foi seguida bem de perto, em termos de impacto nas vendas em geral, por móveis e eletrodomésticos (11,4%). Ambos os segmentos crescem ininterruptamente no ano de 2024.
Vendas do varejo ampliado
Em abril de 2024, as vendas do comércio varejista ampliado baiano mostraram, mais uma vez, resultados positivos em todas as comparações. Oscilaram positivamente (0,3%) frente a março, na série livre de influências sazonais, e cresceram 10,9% na comparação com abril de 2023. Em ambos os confrontos, os resultados das vendas do varejo ampliado no estado superaram os nacionais, que foram de queda frente a março (-1,0%) e de crescimento de 4,9% em relação a abril de 2023.
No acumulado de janeiro a abril de 2024, as vendas do varejo ampliado baiano crescem 9,8%, também acima do índice nacional (4,7%), sendo o 4º maior avanço entre os estados e o melhor resultado para o período, na Bahia, em 14 anos, desde os 15,4% de 2010.
Nos 12 meses encerrados em abril, o varejo ampliado baiano acumula alta de 6,3% nas vendas, também acima do Brasil como um todo (3,3%) e apresentando o 3º melhor resultado entre os 27 estados.
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (“atacarejos”), para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado. Frente a abril de 2023, as três atividades tiveram altas nas vendas: material de construção (38,8%), veículos (25,5%) e atacado de alimentos (2,5%).
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