O Mercado Livre de Energia é um modelo de contratação de energia, que permite que consumidores negociem livremente condições comerciais, como preço e prazo de fornecimento, por meio de comercializadoras de energia, como a Ecom, empresa paulista que nasceu em 2002 e já se tornou uma das principais referências neste setor. Ao BA DE VALOR, o COO da Ecom, Felipe Sapucahy, explica que o modelo da empresa promove maior competitividade e eficiência para seus clientes.
Segundo ele, o segmento se diferencia do mercado tradicional, em que a tarifa é regulada e a venda da energia é realizada pela mesma distribuidora local. “Ou seja, de maneira centralizada e sem a competitividade de preços e serviços que ocorre com a diversificação de ofertas. Importante dizer que, mesmo comprando energia pelo Mercado Livre, o fornecimento dela permanece pela distribuidora. Então o consumidor segue pagando a fatura da distribuidora, com a tarifa mínima do transporte, e outra para a Ecom, pela compra do produto energia”, explica.
Para Sapucahy, o MLE pode impactar positivamente a geração de empregos e renda ao promover maior competitividade e eficiência no setor energético, incentivando novos investimentos e o crescimento de empresas que atuam no setor. A Ecom, por exemplo, investiu mais de R$ 10 milhões para atender mais clientes com a abertura no mercado livre de energia (MLE). “A verba utilizada pela companhia também incluiu a implementação de ferramentas tecnológicas de BI, IA e CX, com o objetivo de otimizar os negócios e atendimento pelos meios digitais”, conta.
Outro ponto importante é o de que o MLE promove está relacionado com a previsibilidade orçamentária de custos com a conta de luz e, principalmente, uma economia significativa nas tarifas energéticas, chegando até 30% de economia mensal. Essa economia com a conta de luz pode ser utilizada em investimentos internos nas empresas para se manterem competitivas no setor em que atuam.
O MLE no Brasil
Conforme o COO, as expectativas para o crescimento deste mercado no Brasil são promissoras e já dá sinais, na prática, de um aumento significativo na migração de empresas para este modelo. Segundo aponta a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), de janeiro a maio de 2024, mais de 8.9 mil companhias já migraram para o MLE, o que representa um crescimento de 21% em relação ao total de 2023.
Ou seja, com o início do Mercado Livre de Energia para o Varejo, que são consumidores de alta tensão de energia elétrica, igual ou superior a 500 kW, espera-se que cerca de 164 mil empresas adotem o modelo de MLE nos próximos anos, ampliando o mercado e fortalecendo o setor. O preço do quilowatt-hora no mercado livre de energia, por exemplo, é igual ou inferior ao praticado no varejo. Além disso, novas fases de abertura do mercado são esperadas até 2030, quando ele se tornará acessível até para residências.
Migração de novas empresas
Até 2023, o consumo de energia no Mercado Livre já representava 37% da energia consumida em todo país, segundo dados do Boletim de dezembro de 2023, da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). Já neste ano, mais de 20.000 consumidores fazem parte do MLE. Isso significa que, na tendência, mais empresas vão migrar para o modelo de contrato e impulsionar ainda mais o mercado de energia. Como destacamos, as novas regras que permitem a migração de pequenas e médias empresas (PMEs) têm como incentivador a redução de custos na conta de luz mensais e a eficiência dos serviços prestados. .
Diante disso, Sapucahy revela que a Ecom está investindo em digitalização para agilizar e apoiar de maneira mais dinâmica a migração dos clientes para o MLE. “Para isso, a companhia investiu em processos e em soluções tecnológicas, como as ferramentas de Business Intelligence (BI), Inteligência Artificial (IA) e Customer Experience (CX), que otimizam a eficiência no atendimento e colabora na democratização do acesso”.
Ecom na Bahia
De acordo com o COO, o número de representantes comerciais da Ecom está aumentando na Bahia. “São os Agentes Ecom, que firmam parcerias estratégicas com associações locais, para ampliar a nossa presença local e oferecer soluções energéticas que atendam às necessidades das empresas da região com total eficiência. Fazemos parcerias com associações comerciais e industriais na região, assim como com entidades voltadas a empreendedores e PMEs. Também estamos presentes em eventos e temos especialistas regionais que nos ajudam a desenvolver projetos de negócios específicos na Bahia,”disse Sapucahy.
Benefícios do MLE
O COO destacou alguns dos principais benefícios do MLE, que incluem:
- Redução de Custos: A comercializadora negocia diretamente com os fornecedores, aproveitando a livre concorrência para obter melhores preços. Isso pode resultar em uma redução de até 35% na conta de luz da empresa;
- Melhor Gestão de Orçamento: A negociação antecipada e a fixação dos preços permitem uma gestão financeira mais eficiente e previsível, ajudando no planejamento orçamentário;
- Preço Fixo em Horários de Pico: A fixação do preço da energia, mesmo em horários de pico, contribui para uma gestão de consumo mais estável e econômica;
- Adesão Simples às Práticas ESG: Facilita a adesão às práticas Ambientais, Sociais e de Governança (ESG) de forma simples e sem custo adicional;
- Consumo de Energia 100% Renovável: Incentiva o uso de fontes de energia limpas e renováveis, promovendo práticas sustentáveis e responsáveis;
- Atendimento Dedicado: Suporte personalizado com consultores especializados da Ecom, oferecendo um atendimento dedicado para a migração e gestão do consumo de energia;
- Livre das Bandeiras Tarifárias: Isenção das bandeiras tarifárias da ANEEL, o que pode resultar em economia adicional e maior previsibilidade de custos;
- Flexibilidade: Escolha do fornecedor e do modelo que melhor se adequa às necessidades específicas da empresa, tanto em consumo de ponta quanto fora de ponta.
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