A desigualdade salarial entre homens e mulheres na Bahia é um absurdo que persiste em pleno século 21. As mulheres ainda ganham 19,7% a menos que os homens no estado. Isso significa que, enquanto a remuneração média masculina chega a R$3.207,93, as mulheres precisam se contentar com R$ 2.576,67.
E quem confirma essa discrepância? Um relatório oficial, feito pelos ministérios do Trabalho e Emprego e das Mulheres. A desigualdade não para por aí. Quando olhamos para cargos de chefia, a diferença é ainda mais gritante: 23,9%. Ou seja, quanto mais alto o cargo, maior o abismo salarial.
Das mais de 2 mil empresas baianas que participaram do estudo, poucas parecem estar realmente comprometidas com a mudança. Só 51,7% possuem planos de cargos e salários, e menos de 40% adotam políticas para contratar ou promover mulheres. E quando falamos de mulheres negras? Apenas 30,2% das empresas têm algum incentivo para isso.
Em 2024, ainda estamos lutando contra um problema tão básico quanto o direito de ganhar o mesmo por fazer o mesmo trabalho. Até quando vamos aceitar essa diferença?
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