A produção industrial da Bahia apresentou um crescimento de 0,8% em agosto em relação ao mês anterior e uma alta de 5,6% em comparação ao mesmo mês de 2023. Esses dados, extraídos da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional do IBGE, revelam o quarto resultado positivo consecutivo em relação ao ano anterior. Com esses números, a indústria baiana supera o desempenho nacional, que registrou um crescimento de 2,2%, posicionando-se como a quinta melhor entre os 18 locais analisados.
Dos 18 estados pesquisados, 12 mostraram crescimento em comparação a agosto de 2023, com destaque para Ceará (17,3%), Pará (16,9%) e Mato Grosso do Sul (12,4%). Por outro lado, os estados que apresentaram retrações mais significativas foram Rio Grande do Norte (-22,6%), Espírito Santo (-6,0%) e Rio Grande do Sul (-5,2%).
Entre janeiro e agosto de 2024, a indústria da Bahia acumulou um aumento de 2,5% na produção em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, esse índice é inferior ao crescimento nacional de 3,0%, posicionando a Bahia na 14ª colocação entre os 18 locais pesquisados, com 16 estados registrando altas.
Nos últimos 12 meses encerrados em agosto, a produção industrial da Bahia manteve um crescimento de 2,5%, próximo ao desempenho nacional de 2,4%, o que representa o 12º melhor resultado entre os 18 locais.
Atividades
O crescimento de 5,6% na produção industrial baiana em comparação a agosto de 2023 deve-se principalmente à indústria de transformação, que registrou uma alta de 6,8% e alcançou resultados positivos pelo quarto mês consecutivo. Em contraste, a indústria extrativa sofreu uma queda de 13,0%, também pelo quarto mês seguido.
Analisando as 10 atividades da indústria da transformação na Bahia, cinco mostraram resultados positivos. A fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com um crescimento de 12,3%, foi a principal responsável pelo desempenho positivo da indústria baiana.
Este segmento, que voltou a crescer após uma queda em julho, possui um peso significativo na estrutura industrial do estado, respondendo por quase um terço do valor total gerado na Bahia, acumulando um resultado positivo de 4,5% nos primeiros oito meses de 2024.
A fabricação de produtos químicos teve um crescimento de 21,5%, consolidando-se como a segunda maior influência positiva no mês, enquanto a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com uma taxa de crescimento de 41,4%, obteve o maior aumento em agosto, embora tenha um peso menor na composição da indústria baiana.
Por outro lado, entre as cinco atividades que apresentaram queda em agosto, a fabricação de produtos alimentícios (-8,3%) e a preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-8,3%) foram responsáveis pela maior retração no mês, embora o segundo setor tenha um impacto menor no índice geral. A fabricação de celulose, papel e produtos de papel (-5,9%) também contribuiu negativamente para o resultado da indústria baiana, apresentando sua segunda queda consecutiva.
Motor da indústria
Esses dados evidenciam o crescimento do setor de refino de petróleo como motor da indústria baiana, mas ressaltam a necessidade de diversificação. Para que a Bahia mantenha seu crescimento industrial e se torne menos dependente de segmentos específicos, é crucial explorar novas oportunidades e setores.
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