O projeto Origem Bahia, uma parceria entre a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e o Sebrae-BA, vem dando impulso para a internacionalização de pequenas e médias empresas (PMEs) baianas. Voltado para setores como alimentos e bebidas, moda, cosméticos, construção civil e outros, o programa oferece capacitação e mentoria estratégica para que as empresas ampliem sua atuação nos mercados internacionais.
Entre as beneficiadas, está a Cachaça Limoeiro. Participante do programa há mais de dois anos, a empresa relata que a mentoria sobre o registro de produtos na União Europeia foi fundamental para entender as exigências do mercado europeu e identificar potenciais compradores. Com isso, a empresa está reestruturando seu produto para exportação e ampliando sua presença em feiras internacionais, rodadas de negócios e eventos que aproximam a marca dos consumidores.
“Participamos de eventos no Chile, Panamá e na Europa e pudemos sentir a percepção do consumidor de destilados. O Origem Bahia botou a gente no mundo, nos ajudando a construir um produto com uma identidade baiana, ilustrada na criação da cachaça Jauali, produzida na Fazenda Limoeiro”, conta Raimundo Primo, proprietário.
“É importante destacar que o programa não realiza o registro formal dos produtos na União Europeia, mas oferece mentoria que orienta as empresas sobre os processos e requisitos necessários para a entrada regular no mercado europeu”, explica a gerente do Centro Internacional de Negócios, Patrícia Orrico.
O Origem Bahia se consolida, assim, como uma ferramenta estratégica para a internacionalização das PMEs baianas, oferecendo conhecimento técnico, suporte estratégico e acesso facilitado a mercados externos, fortalecendo a presença da indústria local no cenário global e está com inscrições abertas através do link: https://forms.office.com/r/zTkqjJPm38 . Podem se inscrever empresas dos segmentos de Alimentos e Bebidas, Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, Saneantes, Moda (inclusive acessórios, calçados e artigos de couro), Construção Civil, Casa e Decoração, Mármores e Granitos, Tintas e outros.Outra empresa que colhe frutos do programa é a Coopercabruca, que já realizou vendas de amêndoas e nibs para países como Estados Unidos, Paraguai e Suíça — este último fora da União Europeia. Orlantildes Pereira, presidente da cooperativa, ressalta que os conhecimentos adquiridos em negociação, precificação e adaptação de embalagens foram decisivos para ampliar suas exportações. “A negociação com a Suíça, por exemplo, durou cerca de um ano, então é preciso ter persistência e conhecimento do seu produto”, diz.A Copirecê, também participante do Origem Bahia, recebeu mentoria para o registro de alimentos e bebidas na União Europeia, relatando que a orientação trouxe clareza sobre os passos necessários e auxiliou nas negociações com clientes internacionais.Com maior experiência no comércio exterior, a Fitoplant integra o programa desde o ano passado, aproveitando capacitações, promoção comercial e atendimentos individualizados. A empresa destaca o acompanhamento constante do Origem Bahia em novas oportunidades e o aprendizado sobre o mercado chileno, incluindo regulamentações, farmácias locais e contato direto com importadores, o que ampliou sua estratégia para outros países.
Fonte: Fieb