Um edifício que capta água da chuva para reuso e da Baía de Guanabara para refrigerar seu sistema de ar condicionado. Sua cobertura móvel, inspirada na forma de uma bromélia, foi feita com estruturas de aço que servem de base para placas de captação de energia solar. Se por um lado, o Museu do Amanhã incentiva a reflexão sobre um futuro cada vez mais sustentável, por outro, a essência do tema está incorporada desde o seu alicerce até a sua administração.
Com obras do Consórcio Construtor Porto Rio, liderado pela Odebrecht Engenharia & Construção – Infraestrutura, o Museu do Amanhã foi reconhecido pelo prêmio internacional MipimAwards, na categoria “Construção Verde mais Inovadora”. Os vencedores desta edição foram anunciados em Cannes, na França.
Criado em 1991, o prêmio seleciona os projetos mais notáveis em todo o mundo. Neste ano, o museu carioca concorreu com a sede da Siemens, em Munique; o edifício residencial 119 Ebury Street, em Londres; e a fábrica da VärtanBioenergy, em Estocolmo.
“O Museu do Amanhã corresponde à inquestionável tradição do Rio de Janeiro em trazer para o Brasil concepções de vanguarda da arquitetura internacional”, destaca Paulo Campos, responsável por Sustentabilidade nos Negócios de Engenharia e Construção. “Reproduzindo o fenômeno estético e técnico ocorrido com a construção do Palácio Capanema, em 1943, e do Museu de Arte Moderna (MAM), em 1948, esse novo projeto requalifica e valoriza uma região pouco aproveitada da cidade e lhe oferece um prédio majestoso e contemporâneo que incorpora soluções estruturais desafiadoras, inovadoras e sustentáveis”, diz.
Cidade em transformação
Inaugurado em dezembro de 2015, o Museu do Amanhã já nasceu como símbolo da transformação da Região Portuária do Rio de Janeiro. Iniciativa da Prefeitura e da Fundação Roberto Marinho, faz parte de uma série de projetos da Concessionária Porto Novo – também liderada pela Odebrecht –, responsável pela revitalização e pela prestação dos serviços públicos nessa região histórica da cidade.
Seu projeto arquitetônico é do espanhol Santiago Calatrava, que assina outras obras reconhecidas mundialmente, como a Cidade das Artes e das Ciências, em Valência, na Espanha, e o Complexo Olímpico de Atenas, na Grécia.
Mais visitado do Brasil
Em seu primeiro ano de atividade, já extrapolou os limites da Cidade Maravilhosa em importância cultural e turística. Em 2016, tornou-se o museu mais visitado do país, com um público de 1,4 milhão de pessoas desde sua inauguração. Para se ter uma ideia desse quantitativo, se somarmos a visitação do segundo (MIS), do terceiro (Masp) e do quarto (Museu de Arte do Rio) colocados no ranking, ela ainda será inferior ao número de pessoas que foram ao Museu do Amanhã no ano passado.
Também em 2016, suas diretrizes sustentáveis receberam o Selo Ouro da Certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). O selo foi concedido pelo Green BuildingCouncil, principal instituição americana na chancela de edificações verdes. Foi o primeiro museu do país a obter este reconhecimento no segundo mais alto nível de classificação – são quatro: certificado, prata, ouro e platina.
Com mais de dez prêmios internacionais, o Museu do Amanhã vem conquistando notoriedade global a cada dia que passa. No ano passado, o prêmio britânico LeadingCultureDestinationsAwards, conhecido como o “Oscar dos Museus”, elegeu a instituição carioca como o “Melhor Novo Museu do Ano”.
“É um museu ecologicamente correto. Isso é um grande diferencial, tem todo um conceito moderno, mas um conceito de sustentabilidade muito diferente de outros museus”, afirmou Max Beltrão, Ministro do Turismo, em visita ao espaço no último dia 9.