As vendas do varejo na Bahia tiveram queda de 0,6% em fevereiro na comparação com o mês anterior, após terem crescido 4,9% (dado revisado) de dezembro/16 para janeiro/17, na série livre de influências sazonais. Nessa comparação, o comércio baiano teve desempenho um pouco pior que a média nacional (-0,2%) em fevereiro, porém, o recuo na Bahia foi o menor dentre as 11 unidades da Federação que tiveram resultados negativos. As maiores quedas foram observadas em Mato Grosso (-4,7%), Rio Grande do Sul (-4,4%) e Goiás (-4,2%). Já em relação a fevereiro de 2016, o comércio varejista baiano recuou 6,4%, aprofundando a queda em relação aos -3,8% (dado revisado) registrados em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE.
Com o resultado negativo de fevereiro, o varejo na Bahia acumula 26 quedas consecutivas nas vendas, desde janeiro de 2015 (-3,7%). Nessa mesma comparação, a queda no varejo baiano foi o dobro a média nacional (-3,2%) e acompanhou o movimento de recuo verificado 21 das 27 unidades da Federação, com destaque para Goiás (-15,0%), Tocantins (-14,9%) e Pará (-14,0%).
Com os resultados de fevereiro, na Bahia, o acumulado em 12 meses para as vendas do varejo mostram uma queda de 11,1%, muito pouco acima do recuo de 11,3% (dado revisado) acumulado nos 12 meses encerrados em janeiro.
Ainda assim, o resultado negativo na Bahia, em 12 meses, é mais que o dobro da média nacional (-5,4%) e se mantém como o quarto pior entre os estados, acima apenas de Rondônia (-12,5%), Pará (-14,0%) e Amapá (-14,9%).
Para o comércio varejista ampliado – que engloba o varejo e as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção -, na Bahia, houve queda de 9,0% na comparação fevereiro 17/ fevereiro 16, recuo maior que o registrado no estado em janeiro (-2,9%) (dado revisado) e mais que o dobro da queda nacional (-4,2%).
Nessa comparação, o varejo ampliado na Bahia acompanhou o movimento de queda verificado em 20 dos 27 estados, destacando-se os recuos de Rondônia (-18,8%) e Pará (-13,0%).
Em 2017, o varejo ampliado baiano acumula queda de 5,8% (frente a uma média nacional de -2,1%) e, nos 12 meses encerrados em fevereiro, as perdas somam 10,2% (frente a uma média nacional de -7,5%). Na taxa anualizada (12 meses), dos 27 estados, apenas Roraima apresenta variação positiva para o varejo ampliado (0,6%).
Queda em fevereiro foi puxada por combustíveis e hiper e supermercados
Em relação ao mesmo mês do ano passado, em fevereiro, na Bahia, 3 das 10 atividades do varejo e varejo ampliado tiveram resultados positivos: Livros, jornais, revistas e papelaria(46,4%), Tecidos, vestuário e calçados(8,6%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (5,1%).
Dessas, Tecidos, vestuário e calçados, pelo peso que tem a estrutura do comércio baiano, foi a que mais influenciou no sentido de conter a queda nas vendas de fevereiro.
Por outro lado, das 7 atividades com taxas negativas, os piores resultados vieram de Veículos, motocicletas, partes e peças (-16,2%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-15,7%) e Combustíveis e lubrificantes (-12,9%).
Além da importante influência negativa dos combustíveis, a redução de 12,4% nas vendas de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo também foi decisiva para o resultado do varejo baiano em fevereiro (-6,4%), uma vez que essa é a atividade de maior peso na estrutura do comércio. Na Bahia os super e hipermercados vêm acumulando quedas seguidas nas vendas desde maio de 2015 (-4,9%).
Nos 12 meses encerrados em fevereiro/17, nenhuma das 10 atividades pesquisadas pelo IBGE teve desempenho positivo na Bahia.