A produção industrial da Bahia, descontados os efeitos sazonais, cresceu 2% em março frente ao mês anterior, após o crescimento de 3,3% de janeiro para fevereiro. Com esse resultado, a Bahia ficou entre as seis regiões, das 14 pesquisadas, que tiveram aumento da produção industrial em março. Foi a segunda maior taxa positiva, abaixo apenas de Amazonas (5,7%).
Por outro lado, seguindo a tendência do Brasil (-1,8%), oito regiões apresentaram queda na produção industrial, sendo a mais acentuada delas verificada no Paraná (-2,9%). O dado foram divulgado hoje pelo IBGE.
Frente a março de 2016, porém, a produção industrial baiana manteve-se em queda (-4,3%), com a segunda pior taxa, acima apenas do Amazonas (-7,3%). A Bahia foi uma das setes regiões com recuo nessa comparação. A produção industrial do estado vem caindo, nesse tipo de confronto, há 13 meses seguidos, desde março de 2016 (-7,4%). O ritmo de queda vem diminuindo neste ano, em relação a fevereiro (-4,5%) e janeiro (-12,3%).
No primeiro trimestre do ano, a Bahia (-8,3%) teve o recuo mais acentuado na produção industrial, dentre as regiões pesquisadas, intensificando o ritmo de queda frente ao observado no último trimestre de 2016 (-7,5%) e com um resultado muito pior que o nacional (0,6%). Considerando-se os 12 meses encerrados em março, a indústria baiana acumula queda de –7,8%, também a maior entre as regiões e bem mais intensa que o recuo nacional (-3,8%).
Setores de metalurgia e coque e derivados de petróleo puxam queda
Na comparação março de 2017 /março de 2016, o recuo de 4,3% no setor industrial da Bahia foi resultado do desempenho negativo de 5 das 12 atividades pesquisadas. As influências negativas mais importantes vieram dos setores de metalurgia (-44,0%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-14,3%). Vale citar ainda os recuos na produção de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-78,9%), da indústria extrativa (-10,5%) e dos produtos alimentícios (-2,8%).
A produção de veículos, por outro lado, com crescimento de 28%, exerceu o principal impacto positivo. Outros avanços relevantes vieram de outros produtos químicos (5,8%) e de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (16,9%).
No primeiro trimestre de 2017 (-8,3%), 7 das 12 atividades industriais pesquisadas na Bahia apresentaram queda, com destaque também para os recuos nos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-17,9%) e de metalurgia (-38,3%).